sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Encerramento 2016

          O ano de 2016 se findou, muitas graças foram alcançadas e muitos receberam as graças da Espiritualidade Divina e Celestial pelas mãos do nosso amado Pajé e de Deus Pai todo poderoso.




segunda-feira, 24 de outubro de 2016

4º Seminário da Casa Espírita Raio de Sol - O Ciclo Espiritual das Relações Humanas



Programação:
8:30h - Credenciamento

9:00h - Abertura dos Trabalhos

9:15h - Palestra 1
Paulo de Jesus
Origem e Evolução do Espírito

10:10h - Coffee Break

10:30h - Palestra 2
Wagner Ferreira
As Revelações Espíritas e a Cosmologia

11:20h - Perguntas aos Palestrantes

12:00h - Almoço Livre

13:20h - Palestra 3
Mary Margaret
Laços de União entre Espiritualidade, Filosofia e Ciência

14:45h
- Palestra 4
Cícero Tirloni
Quando sairemos desse ciclo reencarnatorio?

16:00h - Coffee Break

16:20h - Palestra 5
Rute Amorin
A Necessidade do Amor para a evolução das Relações Humanas

17:10h - Perguntas aos Palestrantes

18:10h - Considerações Finais

18:30h - Encerramento


Para se inscrever clique aqui.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Reencarnação em outros mundos



Por que reencarnamos em determinado planeta e como explicar a migração por outros mundos, superiores e inferiores? Entenda o tal processo de transmigração de espíritos que está ocorrendo na Terra.

          Antes de falarmos sobre a reencarnação em outros planetas, façamos uma rápida análise sobre qual seria o objetivo do processo reencarnatório, conforme a doutrina espírita.
          Tenha em mãos O Livro dos Espíritos, edição da Federação Espírita Catarinense, tradução de Guillon Ribeiro. Na questão 132 _ "Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?" - os espíritos respondem:
           "Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é espiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim, a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta."
          Mas será que a reencarnação seria uma lei em harmonia com a justiça divina? Sobre isso, Allan Kardec comenta na questão 171:
          "Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios para alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.
          Não obraria Deus com equidade, nem de acordo com a Sua bondade, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculo ao seu melhoramento. Se a sorte do homem se fixasse irrevogavelmente depois da morte, não seria uma única a balança em que Deus pesa as ações de todas as criaturas e não haveria imparcialidade no tratamento que a todos dispensa.
          A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os Espíritos a ensinam."
          Como podemos ver, um dos princípios fundamentais da doutrina espírita é o de que todos os espíritos estão destinados à perfeição, ou seja, a se tornarem puros e a reencarnação é necessário para se atingir este fim.

Perfeição absoluta?

          Allan Kardec afirma, na questão 100, que os espíritos puros são "(...)aqueles que alcançaram o supremo grau de perfeição."
          Vamos analisar um pouco este ponto. O que significa perfeição?
          Segundo o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa Michaelis (1º.Edição de 2006), encontramos as seguintes definições:
          "1- Acabamento perfeito; execução completa. 2- Primor, apuro, requinte."
          E o que significa perfeito? Pelo mesmo dicionário, lemos:
          "1- Em que não há defeito; que só tem qualidades boas. 2- Completo, total. 3- Excelente, notável."
          Etimologicamente analisando: "Perfeito" vem do latim perfectus, "completo", particípio passado de perficere, "acabar, terminar, completar", mais facere, "fazer, levar a efeito" - (fonte: origem da-palavra.com.br).
          Eu gostaria de fazer uma reflexão. Será que nós, como espíritos, algum dia atingiremos a perfeição absoluta, no sentido de nos tornarmos "completos, totais, já prontos"? Se para a doutrina espírita Deus é infinito e ilimitado, como poderíamos atingir a perfeição total, suprema? Não seria uma contradição com o próprio conceito espírita de Deus?
          Na minha opinião, devemos entender essa perfeição como sendo uma "perfeição relativa ao mundo que habitamos". Também podemos entender um espírito como sendo perfeito no sentido de que ele só tenha qualidades boas. Mas a evolução continuaria mesmo para os chamados espíritos "perfeitos", "puros", que habitam mundos mais espiritualizados e menos materiais.
          Essa é uma questão que merece ser aprofundada; inclusive, os espíritos mais experientes poderiam alargar sua cultura pesquisando o que outras doutrinas - como a Vendata hindu ou certas linhagens do Budismo - entendem sobre essa questão. Kardec mesmo sugeriu que este tipo de pesquisa espiritualista, que vai além dos postulados espíritas, a fim de compararmos e estudarmos as semelhanças e diferenças de entendimento sobre um tema.
          Além disso, questionar faz parte de uma postura filosófica. Aceitar, simplesmente, é uma postura dogmática, que não condiz com a postura espírita.
          Voltando a questão 132, falando ainda sobre os espíritos, lemos o trecho: "(...)para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação". Na tradução de Salvador Gentile, pela edição publicada pelo Instituto de Difusão Espíritas, em vez da palavra "sofrer" encontramos "suportar".
          Novamente precisamos refletir, para não entendermos o sentido de sofrer ou suportar com se tivéssemos que adotar uma postura passiva diante das dificuldades da vida. Ao contrário: trabalhando para realizar as transformações que julgamos necessárias em nossa vida, desenvolvemos a inteligência, a vontade, a fé, a perseverança, etc. Aprendendo a lidar com o que não podemos mudar, desenvolvemos a paciência, a resignação... Mas "sofrer por sofrer", por uma postura passiva e conformista, não nos colocaria no caminho evolutivo. Fazendo uma analogia: todos nós sofremos de frio, calor... condições naturais do nosso planeta, mas , por instinto de conservação, procuramos superar ou suportar da melhor forma essas intempéries. Se a humanidade não tivesse obedecido a este impulso, teríamos estacionado em nossa evolução.
          No processo evolutivo, a alma passa por várias existências corporais. Ainda de acordo com O Livro dos Espíritos - questão 168 - "A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal."
          Esta resposta deixa claro: livre de impurezas (ou seja, tornando-se um espírito puro), a alma não tem mais necessidade em reencarnar em mundos mais materiais, mas isso não significa que ele deixe de evoluir. Conforme ensina a doutrina espírita, existem mundos menos materiais onde vão habitar espíritos que, graças ao seu grau de elevação, não tem mais a necessidade de reencarnar em planetas densos, como a Terra.

Várias encarnações

          A quantidade de encarnações não é a mesma para todos os espíritos. Varia conforme o rumo que cada alma escolhe trilhar, utilizando o livre-arbítrio, estacionando sua evolução por um tempo ou avançando mais depressa, à medida em que amplia seu autoconhecimento e desenvolve sua lucidez, compreendo a necessidade de ampliar os laços da fraternidade e de amor puro. Isso é sabedoria. Dessa forma, o espírito entra em sintonia com os seres de mundos superiores, habilitando-se a continuar sua trajetória evolutiva de forma menos penosa, pois não tem mais a necessidade de passar por certos tipos de provas e expiações condizentes com os mundos mais materiais.
          Na questão 172, lemos: "As nossas diversas existências corporais se verificam todas na terra?" A resposta é: "Não, vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas; são as porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição."
          Os mundos são solidários entre si. Muitos espíritos vindos de outros mundos encarnam aqui na Terra, assim como muitos de nós partiremos ou voltaremos a habitar outros planetas, mais ou menos materiais, conforme nossa evolução.



Transmigração

          A humanidade, como um todo, assim como o próprio planeta, do ponto de vista físico e energético, passa por constantes transformações. Muitas são pontuais; outras de caráter mais geral.
          Atualmente, a Terra está passando por um período de grandes transformações. Os avanços tecnológicos, em todas as áreas, mas especialmente na comunicação, têm oferecido as condições iniciais para que possamos desenvolver capacidades espirituais latentes que, nos séculos passados, não fosse possível ou, talvez, fosse mais difícil.
          Muitos espíritos que aqui estão reencarnado encontram abertura e possibilidade para se expressarem de forma mais livre, com menos repressão, forçando as gerações mais velhas a repensarem seu paradigmas sociais.
          Ao mesmo tempo, segundo alguns pesquisadores e médiuns, o planeta estaria passando por um processo de sutilização que tem permitido que a nossa relação com a realidade espiritual seja cada vez mais intensa e próxima. Este fenômeno de sutilização do planeta explicaria o porquê do desabrochar da mediunidade ostensiva em massa, que começou a ocorrer no século XIX e ainda continua, em um número cada vez maior de pessoas, mesmo que de forma menos ostensiva. Também explicaria o motivo de muitas doenças de origem psicossomática estarem atingindo um número também cada vez maior de pessoas.
          Ainda conforme ensinam muitos pesquisadores espíritas e espiritualistas, a humanidade estaria passando por um período de transmigração de espíritos em massa, da mesma maneira como ocorre em outros planetas. Aqueles espíritos que não apresentarem ordem e equilíbrio espiritual suficientes, estão sendo direcionados a outros mundos inferiores, do ponto de vista evolutivo. Dessa forma, a Terra deixaria de ser um mundo de provas e expiações para se tornar um mundo regenerado, possibilitando, inclusive, uma maior interação com os habitantes de outros planetas mais avançados, como os seres extraterrestre que coordenam a evolução na terra.
          Aqueles espíritos direcionados a planetas inferiores colaborariam devido ao progresso espiritual que já alcançaram aqui, na progressão destes mundos mais primitivos. Fenômeno semelhante já teria ocorrido aqui na terra, ao receber imigrantes em massa de outros planetas. Por isso, repetimos que os mundos são solidários entre si.
          Mas o que diz O Livro dos Espíritos? Vejamos:
          "173 - A cada nova existência corporal a alma passa de um mundo para o outro, ou pode ter muitas no mesmo globo?
          Pode viver muitas vezes no mesmo globo, se não se adiantou bastante para passar a um mundo superior.
          a) Podemos, então, reaparecer muitas vezes na terra?
          Certamente.
          b) Podemos voltar a este, depois de termos vivido em outros mundos?
          Sem dúvida. É possível que já tenhais vivido na Terra."
          Sobre a questão de reencarnarmos em mundos inferiores, os espíritos dizem, na questão 178:
          "Podem os Espíritos encarnar em um mundo relativamente inferior a outro onde já viveram?
          Sim, quando em missão, com o objetivo de auxiliarem o progresso, caso em que aceitam alegres as tribulações de tal existência, por lhes proporcionar meio de se adiantarem."
          a) Mas não pode dar-se também por expiação? Não pode Deus degredar para mundos inferiores Espíritos rebeldes?
          "Os Espíritos podem conservar-se estacionários, mas não retrogradam. Em caso de estacionamento, a punição deles consiste em não avançarem, em recomeçarem, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas."
          Portanto, reencarnar em um mundo inferior não seria um retrocesso espiritual, mas um acontecimento decorrente da própria condição evolutiva daquele espírito que, apesar de estar à frente em alguns aspectos intelectuais, com relação aos habitantes de determinado mundo primitivo para o qual ele está sendo direcionado, do ponto de vista moral ele ainda está no mesmo gral evolutivo ou um pouco acima, o que faria com que contribuísse com a evolução deste novo planeta.
          Como vimos, as leis que regem o processo reencarnatório, seja aqui na Terra ou em outras mundos, tem uma só finalidade: a evolução dos seres.
          Mas como evoluir? Finalizo com a questão 919:
          "Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
          Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo."
          Autoconhecimento e reforma íntima. Estas são as ferramentas para desenvolvermos nossa sabedoria e capacidade de amar, concretizando a evolução, passo a passo, rumo à "perfeição" ou, quem sabe, ao infinito!

Por Victor Rebelo.


terça-feira, 4 de outubro de 2016

sábado, 13 de agosto de 2016

Almoço Festivo e 9º Encontro Fraterno da CERS


         Mais uma vez a Casa Espírita Raio de Sol vem cordialmente convidar à amigos e familiares para mais um almoço em prol da construção da sede própria da Casa Espírita Raio de Sol. Venham nos prestigiar ao som de boa música e um delicioso almoço.
           Para compra de convite clique aqui.

domingo, 7 de agosto de 2016

O passe na desobsessão.


CONHEÇA UMA TÉCNICA DE TRATAMENTO ENERGÉTICO-ESPIRITUAL COM A FINALIDADE DE FAZER O DESLIGAMENTO DE UMA INFLUÊNCIA ESPIRITUAL NOCIVA.


          O passe, que ao mesmo tempo reúne equilíbrio energético e energização/revitalização, tem várias utilidades.
          Pode ser utilizado para tratamento e cura de doenças de vários tipos. E assim ele é muito utilizado nos centros espíritas.
          Na casa espiritualista na qual eu trabalho, o Santuário Luz e Vida, em Salvador, o passe é usado com uma finalidade bem específica: Desligar os espíritos que estão ligados energeticamente aos nossos pacientes, e fazer também, é claro, uma limpeza em todo o campo energético da pessoa e uma revitalização.
          Como temos três tipos de técnicas energéticas visando o tratamento de diversos corpos diferente da pessoa encarnada, que são a canalização, a energização e a cura prânica, cada uma servindo para tratar um corpo diferente (físico, etérico e astral ou perispírito), o passe foi modificado pelos mentores da casa para atender a um fim específico, e está voltado para o tratamento da influência espiritual nociva, com chamam nossos mentores, que não costumam usar a expressão obsessão.
          A influência espiritual nociva tem conceito mais amplo do que a conhecida obsessão.
        Enquanto na obsessão há um ou mais de um espírito desencarnado assediando de forma proposital um encarnado, normalmente visando a vingança, na influência espiritual nociva (IEN) muitas vezes há até pacientes desencanados prejudicando o encarnado, mas sem querer.

          INFLUÊNCIA NOCIVA

          Exemplo: uma pessoa morre com depressão. Dorme alguns dias após o desencarne e ao acordar está na sua casa, e ali permanece, por não conhecer nada do mundo espiritual, por ter medo de sair para a rua, às vezes sem entender o que está acontecendo, e sem ter consciência de seu desencarne, e fica então em casa junto aos entes queridos, muitas vezes até querendo ajudá-los. Mas seu estado psíquico/emocional não mudou. A pessoa continua deprimida. E isso pode ser sentido por alguém na casa que é mais sensível, e que está em sintonia com o espírito, por estar passado por algum problema que a entristece , o que pode ser até a própria morte do ente querido. Dessa forma, o encarnado começa a desenvolver um quadro de depressão igual ao desencarnado, e precisará de tratamento psiquiátrico e psicológico.
          Observe que o encarnado absorve o estado mental e emocional do desencarnado, adoecendo também, mas isso não é uma obsessão, pois o desencarnado não deseja o mal do parente - e até tenta ajudar - mas o seu desiquilíbrio íntimo acaba sendo transmitido para o encarnado, que com isso, é prejudicado, de forma não intencional.
          Já acompanhei muitas dezenas de situações como essa, variando apenas a doença do desencarnado, que pode ser tuberculose, alcoolismo e muitas outras, que podem ser transmitidas para um encarnado sem o desejo consciente e deliberado de fazer o mal.
          Todavia, situações como essa do exemplo dado acima precisam ser tratadas, não como obsessão, mas tratando o encarnado e o desencarnado, que é levado para a reunião mediúnica para com ele conversarmos e convencê-lo a se afastar da casa e do encarnado, encaminhando o desencarnado para uma colônia espiritual para tratamento e estudo. Na quase totalidade das vezes conseguimos isso. Pois quando o espírito se dá conta de que está prejudicando o ente querido - e ele na verdade ama o encarnado que está doente - ele concorda em se afastar e aceita ser levado para tratamento no mundo espiritual.
          Agora, na obsessão, quando há o intuito claro de se fazer o mal, de prejudicar, de se vingar, a conversa é de outro tipo, e sempre envolve o perdão, e isso nem sempre é fácil e nem sempre o resultado é rápido.
          Contudo, tanto na influência espiritual prejudicial não intencional quanto naquele intencional, a chamada obsessão, dá-se uma vinculação fluídica, energética, ou seja, forma-se um laço fluídico entre o desencarnado e o encarnado.

          LIGAÇÃO NO BULBO

          Segundo nossos mentores, essa ligação se apresenta mais fortemente perceptível no bulbo, que faz a ponte entre a medula espinhal e o encéfalo, onde fica o cérebro.


          O bulbo fica logo abaixo do crânio, se descermos o dedo pela cabeça buscando a coluna, na região cervical. Ali, entre a medula e o crânio, há uma reentrância, parecendo um buraco. É ali, segundo nossos mentores, que está a ligação principal entre o desencarnado e o encarnado. Essa ligação pode ser percebida pelo passista treinado para isso. 
          Quando há uma ligação energética contínua, pela aproximação permanente do desencarnado, há um acúmulo de energia na região do bulbo, e esse acúmulo energético pode ser detectado da mesma forma que pode ser detectado o acúmulo energético de um chacra, por exemplo, ou em uma região doente do corpo, com sensação de calor e com energia vibrante.
          Aprendi, a partir das informações dadas pelos mentores espirituais de minha casa de trabalho, a sentir esse acúmulo de energia no bulbo, fazendo a leitura energética dele.
          Aproveitei algumas técnicas apresentadas no livro Mãos de Luz, e pratiquei, exercitei muito, e poucos dias, depois estava sentindo coisas que não senti durante 30 anos de estudos e práticas energéticas.
          Inicialmente, aproximava as palmas das duas mãos, e depois as afastava lentamente, repetindo esse movimento várias vezes, até sentir o campo de energia nas mãos, sobretudo na mão direita, que se revelou a mais sensível, sendo hoje o meu censor, o meu radar de energia, como um detector de minas usado pelos militares.
          Somando aos conhecimentos do livro citado, lembrei dos ensinamentos que tivera muitos anos antes, de um médico espiritual, sobre a utilização dos chacras das palmas das mãos, então passei a estimular o centro da palma de uma mão com o dedo indicador da outra mão, girando a ponta do dedo no sentido horário no centro da palma da outra mão (da direita para a esquerda). Com esses exercícios, logo comecei a sentir o campo de energia - o campo eletromagnético - do meu laptop, enquanto trabalhava em casa, o que hoje é permanente.
          Depois de um tempo, nem precisava mais estimular o chacra da mão. Era só aproximar a mão de qualquer campo eletromagnético, como relógio, celular, computador, qualquer aparelho eletrônico ou elétrico, e sentia a mão direita vibrar, com intensidade diferente, a depender do tamanho do aparelho e da intensidade do campo de energia.
          Tornei-me capaz até de rastrear um fio de eletricidade dentro da parede, a partir da tomada,  sentindo o campo eletromagnético fora da parede.
          Exercito constantemente minha sensibilidade com o relógio, com o celular, com a marcha do carro, quando parado, etc.
          Aprendi que posso sentir os campos de energia, acreditei, e comecei a exercitar e a sentir quando quero.
          Então, passei a usar isso no passe em minha casa de trabalho, que tem como finalidade o desligamento de espíritos, e é importante, para isso, perceber e sentir que há de fato uma ligação energética forte de outro ser com o paciente encarnado, o que é detectado principalmente na região do bulbo. Quando um outro campo de energia se soma, pela proximidade, ao campo de energia do encarnado, esse somatório de energia se faz sentir no bulbo.
          Se o bulbo está com grande concentração de energia, há ligação de energia nociva, ou influência espiritual nociva, como chamamos, com ligação energético de um ente desencarnado.

          VÍNCULO ENERGÉTICO

          Como fazer a leitura do bulbo? Como funciona nosso passe? Nosso passe tem três etapas distintas:

          _ Primeira etapa: A primeira etapa é a de limpeza energética geral. Colocamos o paciente em pé, ao lado de uma cadeira, e então nos colocamos na sua frente, orientamos sobre relaxar, concentrar-se, entregar-se, orar, e aí, começamos o passe com movimentos das mãos de cima para baixo ao longo do corpo, rodeando o paciente até retornarmos para a posição inicial, na sua frente.
          _Segunda etapa: Terminada a primeira etapa, de limpeza, damos um leve toque no ombro do paciente e fazemos sinal para o paciente se sentar. Então nos posicionamos ao lado da cadeira (qualquer lado) e iniciamos o que chamamos de toque de desligamento, que consiste em colocarmos o dedo indicador de uma mão entre as sobrancelhas e o dedo indicador da outra mão na região do bulbo, na base do crânio. A energia que sai dos dedos se dirige para a glândula pineal (dedo da frente) e bulbo (dedo de trás).
          Com isso, fortalece-se o bulbo e faz-se o desligamento fluídico/energético entre o espírito desencarnado e o encarnado, se houver. Mas nem sempre isso acontece em uma única sessão de passe. Fazemos, no mínimo, quatro sessões. Podemos chegar até a seis sessões, e excepcionalmente a oito, número máximo orientado por nossos mentores.
          Levamos alguns minutos nessa fase de desligamento. É bom estar orando durante esse tempo, pedindo a Deus que permita fazer o desligamento com respeito e amorosidade pelo desencarnado que se pretende desligar. Não se deve estar com postura mental de desligar pela força. É assim que oro. É assim que faço.
          _Terceira etapa: Terminado 0 toque de desligamento (como faço o toque pelo lado direito do paciente, uso a mão direita na frente), mudo de posição, indo para o outro lado da cadeira e, então, inicio a leitura energética do bulbo, usando a direita.
          Às vezes, passo inicialmente e de forma ligeira as mãos ao longo do corpo do paciente para sentir o seu campo energético geral, mas não e preocupo com isso, e não foco nessa leitura geral, uma vez que há outros trabalhos energético na casa que fazem isso,
          Meu foco é o bulbo, principalmente, e também a região do cóccix, na base da coluna vertebral, onde também pode ser sentido o acúmulo energético de forma reflexa, como nos ensinaram nossos mentores.
          Primeiro faço a leitura do bulbo, e depois do cóccix. Na leitura do campo energético do bulbo, usando sempre a mão direita, por ser o meu sensor, a mão mais sensível, e então vou aproximando a mão por trás, na horizontal, até ficar próximo do bulbo, sem tocar o corpo do paciente. Repito várias vezes o movimento, aproximando e afastando a mão até uns dez centímetros, e às vezes um pouco mais. Assim, sempre percebo se há muita energia nessa região, e quando há, eu sinto minha mão vibrar, hora no centro da palma da mão, hora nos dedos, às vezes parecendo que estou levando leve choque na mão, mas não dói. Se minha mão vibra, de um aforma que já conheço bem, tenho certeza de que existe influência espiritual nociva - IEN - e, então, o paciente permanece em tratamento no passe por, no mínimo, quatro sessões. Essa leitura energética do bulbo leva cerca de cinco minutos. Não tem tempo marcado para isso. É mais intuitivo, e sentimos a maior ou menor necessidade na hora, e pela experiência. Antes de aproximar a mão do bulbo, primeiro aproximo algumas vezes da cabeça, do crânio, para comparar com o bulbo.
          _Quarta etapa: Feita a leitura do bulbo e do cóccix, então se inicia a quarta e última etapa do passe, que é a da recomposição energética, ou revitalização geral dos corpos. Somos orientados a não passar as mãos pelo alto da cabeça de forma rápida (o paciente está sentado), pois isso pode retirar um aparelho, um tipo de capacete, colocado pela equipe espiritual acima da cadeira, sendo invisível para os olhos comuns.
          Posso sentir, quando tento fazer isso, um campo de energia acima da cadeira, igual ao campo que sinto no laptop, fazendo minha mão vibrar fortemente, o que mostra que ali há um campo eletromagnético também. Isso mostra que os aparelhos usados pelos espíritos não são tão menos materiais do que nossos aparelhos eletrônicos físicos. Nessa fase de doação  de energia, começo colocando as duas mãos no alto da cabeça do paciente, mas imóveis, enquanto oro, e depois lentamente vou descendo as mãos ao longo do corpo, apenas pela frente, até quase chegar aos pés.


          Repito isso várias vezes, pensando que a energia entra pelo alto da cabeça, pelo chacra coronário, e penetra corpo a dentro, vitalizando todos os corpos (corpo físico, duplo etérico e corpo astral). Finalizando o passe na frente do paciente, com as mãos juntas e fazendo leve inclinação para frente. E, então, pego um copinho de água na prateleira da câmara de passe, onde os espíritos colocam algum medicamento (o copo só é cheio de água quando o paciente vai entrar na câmara, sendo o medicamento específico para cada um), e entregue ao paciente, para ele tomar, e em seguida o libera.

          NOSSO MÉTODO

          Detalhe: Nosso passe é feito em dupla, o segmento passista fica apenas atrás do paciente, mais ou menos um metro de distância, e pode movimentar as mãos também participando da limpeza energética, e igualmente doar energia. Assim, o passe é potencializado. Isso é orientação da equipe espiritual da casa.
          São, no máximo, cinco passes por dupla, alternando os passistas em cada passe. Uma vez um é o passista principal, e no passe seguinte ele fica atrás, e assim sucessivamente, para que não haja desgaste excessivo dos passistas, visto que nosso passe somente é feito em pacientes que estão sofrendo influência espiritual nociva, e muitas vezes altamente "carregados" e desenergizados.
          Nosso tratamento para os pacientes diagnosticados com influência espiritual nociva envolve palestras (todos os pacientes da casa assistem), passe (no mínimo, quatros sessões - uma por semana), e no mesmo dia e horário das palestras realizamos nossa reunião mediúnica, quando são atraídos os espíritos ligados aos pacientes, enquanto eles estão assistindo a palestra, para que possamos conversar com os espíritos e convencê-los a se afastarem do paciente e a seguirem outro caminho, a perdoarem, quando for o caso, etc., a chamada doutrinação, termo utilizado nas casas espíritas e também, por nós, às vezes.
          Como disse no início, nosso passe não se destina a cura física, cura do duplo etérico o do perispírito, apesar disso poder acontecer nesse tratamento. Tudo depende da energia e do nível evolutivo do passista.
          Nosso passe visa primordialmente o desligamento energético de desencarnados, para que eles sejam tratados em nossa casa também, e visa ainda a recomposição, energética do encarnado, posto que no processo de influência espiritual nociva o encarnado muitas vezes é vampirizado e recebe energias/fuidos nada saudáveis. Esse, em linhas gerais, é nosso passe.

Por Luiz Roberto Mattos

terça-feira, 19 de julho de 2016

Gratidão


Pessoas gratas são mais saudáveis física e emocionalmente, enquanto os que somente esperam por benefícios sem fim estão sempre em estado de insatisfação


   Pensar em gratidão como consequência do amadurecimento espiritual oferece um novo direcionamento para o ser e um novo foco em sua busca de aperfeiçoamento. Uma pessoa no qual o sentimento de gratidão ainda não floresceu, encontra-se em luta constante contra o ego acostumado a somente receber benefícios, sem o devido reconhecimento ao benfeitor.
O rancor, a agressividade, o ciúme, dentre outros sentimentos de baixo teor vibratório, são formas de interação com a vida durante o estágio de imaturidade espiritual, quando o ser ainda não compreendeu a magnitude do processo que o trouxe à vida e o mantém.
O agradecimento apresenta-se, inicialmente, como um jogo em que o indivíduo expressa seu reconhecimento exclusivamente a uma determinada situação, premiando o benfeitor pelo favor recebido. Mais maduro e esclarecido, no entanto, a gratidão passa a ser expressa por ele como um estado de alma, independentemente da manifestação de qualquer benefício imediato.
Joanna De Ângelis, em seu livro Gratidão, esclarece que para a gratidão ser legítima, o indivíduo precisa possuir um encantamento pela vida, um doce despertar que torna a vida preciosa em qualquer condição em que ela se manifeste. Somente assim ele pode compreender a mágica que existe no ato do reconhecimento e do recíproco beneficiamento.
Mesmo se nos afastarmos um pouco da filosofia rumo a abordagens mais práticas em torno do assunto, ainda assim encontraremos os benefícios da gratidão na saúde e no bem-estar. Pessoas gratas são mais saudáveis física e emocionalmente, enquanto os que somente esperam por benefícios sem fim ou que optam pela análise negativa dos acontecimentos em torno de si estão sempre em estado de insatisfação e amargura existencial, causas potenciais das doenças do corpo e da alma.
Jesus teria nos ensinado uma oração- o Pai- Nosso - na qual o elemento gratidão parecia estar ausente. Mas se tomarmos esta oração sob o ponto de vista de uma busca de uma conexão interior para com Deus (Pai-Nosso que estas nos céus) e o desejo da manifestação divina em nossa vida (venha nós o Vosso reino, onde seja feita a Vossa vontade), vamos compreender o estado de espírito a que Jesus está nos direcionando, um estado em que a gratidão se encontra implícita, porque estaremos vibrando na faixa do reconhecimento da constante presença de Deus em nós.
Francisco de Assis, quando orava, expressava sua gratidão por tudo: pelo irmão Sol, pela irmã Lua, pelos pássaros. pelos rios, pela chuva... um encantamento pela vida que demonstrava, em sua simplicidade de ser, uma incontestável maturidade espiritual que o beneficiava com o equilíbrio e a serenidade diante dos mais duros episódios que experienciou em sua missão na Terra.

Especial / Por Roberto Cabral

segunda-feira, 4 de julho de 2016


O que é mediunidade de cura?




Em um tratamento espiritual, os espíritos podem ser, eles mesmos, os agentes principais da cura ou podem apenas auxiliar um processo que é conduzido ativamente pelo magnetizador

      É o tipo de mediunidade em que ocorre o fênomeno das curas ou cirurgias espirituais. Esses médiuns podem,com a ajuda direta ou indireta dos espíritos, abrir o caminho para aliviar e curar uma pessoa. Dizemos "abrir o caminho" porque ninguém pode curar alguém que não deseje ser curado ou que possua um forte karma (lei de ação e reação) que a leve a passar pelo estado de doença, não por punição, mas simplesmente como efeito de suas próprias atitudes.
          Diz Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns curadores - Os que têm o poder de curar ou de alivirar os males pela imposição das mãos ou pela prece. Esta faculdade não é essencialmente mediúnica, pois todos os verdadeiros crentes a possuem, quer sejam médiuns ou não. Frequentemente não é mais do que a exaltação da potência magnética, fortalecida em caso de necessidade pelo concurso dos Espíritos bons".
          Em um tratamento espiritual, os espíritos podem ser, eles mesmos, os agentes principais da cura, ou podem apenas auxiliar um processo que é conduzido ativamente pelo magnetizador, por meio da aplicação de passes, reiki, johrei, etc., como nos casos em que o médium doa seu magnetismo a uma pessoa e há espíritos auxiliando com uma doação extra de energia curativa e harmonizando o padrão psico-emocional do magnetizador e do paciente.
          Mas pode ocorrer de o magnetizador atuar como médium,participando mais passivamente, realizando aquilo que chamamos de mediunidade passiva de cura. Neste caso, ele apenas cede seu veículo físico ao espírito, que se manifesta por meio do médium, assumindo suas funções e movimentos (transe de "incorporação"), e o próprio espírito realiza a cura. Aqui o médium se encontra passivo e, às vezes, inconsciente, enquanto o espírito faz todo o trabalho.

Imposição de mãos

          Estas duas formas de tratamento ainda podem ocorrer com ou sem intervenções físicas. No primeiro caso, o médium "incorpora" um espírito que, utilizando- se de objetos físicos como facas tesouras, agulhas, pomadas, ervas e outros tipos de materiais, trata o atendido. A cura sem intervenção física usa apenas a energia curativa emanada do magnetizador ( também chamado nos centros espíritas de médium passista) e dos benfeitores desencarnados. Tanto a intervenção física quanto a não- física podem ser chamadas de cirurgia espiritual.
          Existem as cirurgias espirituais físicas, com cortes, e as energéticas ou não- físicas, que são naturalmente sem cortes.
          No caso de um curador utilizar apenas a imposição de mãos para tratar um doente, esse processo não pode ser considerado mediúnico, posto que não há aí uma ação direta de nenhuma entidade, e todo o processo ocorre pale atuação do magnetizador. Isso não significa, contudo, que os espíritos benfeitores não estejam agindo em benefício do doente, mas não há, neste caso,a ideia da intervenção necessária entre o médium e o espírito. Neste caso, uma pessoa que aplicar um passe magnético, mesmo que esteja em um centro espírita, não estará exercendo uma função mediúnica, mas apenas utilizando um fluido próprio, que integra o potencial curativo do seu organismo e do seu campo bioeletromagnético, e transmitindo a outros.
          Porém, durante os passes nos centros espíritas, geralmente os espíritos benfeitores se aproximam da aura do magnetizador, harmonizando-o e controlando, ainda que de forma sutil, às vezes imperceptível, as energias doadas.
          Da mesma forma ocorre no reiki, no johrey, na cura prânica, na polaridade, e em outras técnicas de cura por imposição de mãos.
          A transmissão da energia magnética não passa de um indivíduo ao outro apenas pela imposição de mãos. Ela também pode ser irradiada pelo olhar, por um gesto, pela simples presença e também à distância, não importa o quão longe esteja o curador do atendido.
          Existem indivíduos que têm o dom da cura trazem essa habilidade de existências passadas. Outros curadores, no entanto, podem receber o treinamento adequado e se tornarem curadores.
Há um terceiro caso em que um espirito, antes de reencarnar, aceita a missão de ser, na terra, um médium de cura e, para isso,ele precisa apenas ser um bom veículo de expressão para que os espíritos benfeitores trabalhem por meio dele, a fim de levar a cura a milhares de indivíduos e expandir a espiritualidade. Os espíritos que escolhem essa missão, muitas vezes, têm a oportunidade de se tornarem canais de cura dos espíritos superiores para que, assim, possam reparar uma parte ou até mesmo a tonalidade do mal que fizeram em vidas passadas.
Uma das grandes provações do médium de cura e não se deixar levar pelas tentações do orgulho e da vaidade. Quando o médium começa a ser solicitado, admirado e requisitado, fica famoso e muitos começam a adorá-lo como um ídolo. O ego pode atrapalhar sua missão, e a uma grande chance de ele cair, estragar tudo e perder uma valiosíssima oportunidade de ajudar as pessoas. Há muitos médium de cura que cairam por sua vaidade e perderam a oportunidade de expandir ainda mais seu trabalho. Quando isso ocorre, a plêiade de espíritos que o acompanhavam em sua missão deve procurar outro veículo disponível para o mesmo tipo de trabalho.

                                         Hugo Lapa realiza atendimentos
como terapia de vidas passadas.

sábado, 28 de maio de 2016

A Casa Espírita Raio de Sol

UM PEQUENO EXEMPLO DAS ATIVIDADES DA CERS NOS ÚLTIMOS 8 ANOS.

Cordões energéticos


Esses cordões, quando são prejudiciais, adoecem as relações e causam prejuízos incalculáveis à saúde humana. Como lidar com eles?

É comum, nos dias de hoje, as pessoas dizerem que estão "carregadas", com energias ruins em sua aura ou com o conhecido "mau olhado". A procura por organizações que realizam trabalhos  de limpeza cresce vertiginosamente e, de fato, o campo energético da grande maioria das pessoas está sendo invadido por múltiplas fontes de forças nocivas ao bem-estar. Só lamento, nesse assunto, que isso venha sendo tratado, em muitos casos, como se a pessoa em si mesma nada tivesse a ver com aquilo que lhe acontece. Tanto isso é verdade que essa procura por descarregos, exorcismos ou chame como desejar, quase sempre é feita de modo que a pessoa procura se eximir de sua própria responsabilidade. E qual será a consequência disso? O trágico ciclo repetente das provas.
          Sabe aquelas coisas que a gente sente e diz assim: "Não é a primeira vez que isso me acontece!"É o ciclo repetente, e vivê-lo é patinar no mesmo lugar; é não avançar em várias áreas da vida, é delegar ao outro o mal que nos acontece.
         É muito fácil responsabilizar alguém ou alguma energia ruim por coisas que, antes de tudo, são geradas ou iniciadas em nós próprios. Difícil é assumir que na intimidade profunda de nosso ser estão as causas geradoras de tais infortúnios. Aliás, ela só podem ocorrer com consentimento de nosso ser. Por exemplo, os cordões energéticos. Muita gente procura a explicação para seus dissabores e aflições em presenças de espíritos do mal ou magias destrutivas. Tenho observado que, muito mais que tudo isso junto, os cordões energéticos que tecemos pesam contra nossa felicidade.

Ligações afetivas

          E o que são cordões energéticos? São laços que criamos com pessoas que partilhamos afeto. Os cordões existem entre familiares, amigos, conhecidos e até com pessoas que passaram muito rapidamente pelas nossas vidas ou, também, com lugares e objetos. Esses cordões, quando são prejudiciais, adoecem as relações e causam prejuízos incalculáveis à saúde humana. A presença da mágoa, do ciúme, da ilusão, da inveja, da disputa, da posse, da superproteção e outras tantas atitudes na convivências prendem uma pessoa a outra, criando dependência, revanchismo, apego, enfermidades energéticas e, posteriormente, doenças no corpo físico.
          É comum entre mães e filhos que têm elos complicados, mesmo morando separados, um ter a doença do outro ou manifestar uma semelhança de situações desagradáveis, sem que saiba um o que está acontecendo com o outro. É a troca energética parasitária.
          Não precisamos de espíritos, nem de magias, para tornar nossa vida carregada, pesada. Os relacionamentos estão com elevado grau de toxicidade, causando danos muito maiores, seja pela dependência, pela traição ou outros comportamentos e emoções desgovernadas.
          Minha tarefa consiste em orientar meus pacientes para que eles aprendam como transmutar esses cordões, descobrindo dentro de si mesmo o que os tornam cativos e retroalimentadores desse mau vínculo energético.
          Cordões são sintomáticos, indícios de necessidades pessoais. Temos que investigar quais são os sentimentos que temos com aquela pessoa e descobrir por que estamos ligados a ela. Com técnicas próprias, procuro trabalhar a educação emocional que pode nos libertar dessas algemas enfermiças. É claro que tais técnicas só vão funcionar se também o paciente fizer sua parte! Minha tarefa, nesse sentido, é orientar sobre o que e como fazer para se libertar dessas amarras e ter uma vida mais plena e leve.
          Para quem desejar uma informação bem recente e mais completa sobre o assunto, leia o livro Quem Perdoa Liberta, do autor espiritual José Mario, Editora Dufaux (www.editoradufaux.com.br), no capítulo "Os cordões Energéticos e a Depressão por Parasitismo", no qual são abordados, também, como os religiosos adoecem com uma espécie particular de depressão, em função destes cordões de energia.

Wanderley Oliveira é terapeuta
practitioner em PNL, escritor, médium
e palestrante espírita de Belo Horizonte.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Colônias espirituais


Levamos uma vida dupla! Uma na dimensão terrestre e densa e outra no mundo espiritual, durante o sono

          Os encarnados, assim como os desencarnados, têm acesso a locais chamados de colônias extrafísicas. Existem inúmeras delas. São como cidades no mundo espiritual.
Poucos projetores conscientes podem sair do corpo assessorados por seus amparadores e visitar estas colônias.
          Nosso planeta possui uma crosta, que é onde nós vivemos fisicamente. Este plano físico se assemelha aos planos extrafísicos densos, mas na verdade, aqui é somente um pálido reflexo do mundo espiritual.
          Encontramos colônias aqui na crosta também, mas são colônias atrasadas, espiritualmente falando. É difícil chegarmos em colônias muito evoluídas numa projeção astral. É necessário que o projetor esteja com energias bem sutis e em alto nível de ordem e maturidade emocional.
É uma questão de ressonância, sintonia. O semelhante atrai o semelhante.
          No mundo espiritual, as consciências que lá habitam também se agregam por afinidade. Por exemplo: aquelas que amam a arte, podem formar uma colônia específica; as que estudam a espiritualidade outra, os que desejam servir a humanidade outra, e assim sucessivamente.
          Por outro lado, existem espíritos muito desequilibrados que se reúnem, no mundo espiritual, formando colônias onde buscam satisfazer seus vícios.
          Todos nós já estivemos em diversas colônias em nosso passado remoto e, como o homem vem evoluindo lentamente, se formos avaliar nosso passado, provavelmente estivemos presentes muito mais neste tipo de colônia espiritual do que naquelas habitadas por espíritos mais equilibrados.

Planejando o reencarne

          Nas colônias comuns, "positivas", assim que chegamos, somos tratados para uma melhor readaptação. Somos instruídos, orientados e até treinados para uma próxima reencarnação. Assim, pode ser feito até um planejamento minucioso. Este planejamento pode levar um tempo maior ou menor, dependendo do nosso grau de lucidez e capacidade de trabalho.
          Existem planejamento que são feitos em grupos, para que os espíritos se reencontrem, após renascerem e, assim, realizarem um trabalho juntos. Nestes casos, são pessoas que têm um objetivo comum, que se amam e que desejam colher frutos mais tarde. Em outros casos, de família, por exemplo, podemos vir para um resgate de um erro grave ou simples, cometido em outra existência física ou mesmo ajudar alguém. As possibilidades são literalmente infinitas.
         Tudo o que encontramos de bom ou ruim aqui na dimensão física, nós encontraremos mais exacerbado nas colônias. Exacerbado para melhor ou pior, conforme a colônia.
          Não devemos confundir ambientes extrafísicos com colônias. Quando o projetor se desprende do corpo físico e está no perímetro de seu quarto de dormir, por exemplo, está num ambiente extrafísico, porém, não está numa colônia.
          Qualquer escrito ou livro poderá apenas informar as pessoas estes fatos. Elas somente os aceitarão como verdade ao recordarem qualquer momento extrafísico de sua existência ou se tiverem uma projeção consciente. Mas o que é projeção da consciência?
          Ao dormirmos, nosso perispírito (psicossoma) se desprende do corpo físico e pode "alçar voo", alcançando outros ambientes físicos, extrafísicos e até as colônias espirituais.
          Existem diversas qualidades de projeção ou viagem astral e o maior problema é rememoração ou lembrança dos eventos e fatos vivenciados nestas projeções.
          Desta forma, podemos interpretar que muitos de nós ( nem todos) levamos uma vida dupla!
Uma na dimensão terrestre e densa e outra na dimensão sutil e espiritual. Sonho e projeção são distintos. A única coisa em que são semelhantes é que acontecem nos momentos de sono ou cochilo.
          Tudo isto é complexo e é assunto que merece ser aprofundado.



Dalton Campos Roque é autor dos livros
O Karma e suas Leis, Estudos Espiritualistas,
entre outros.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Reforma íntima


Conhece-te a ti mesmo

O conhecimento de si mesmo é a chave da melhora individual e a reforma íntima é um processo contínuo de autoconhecimento e de autoanálise

          Sempre ouvimos falar da necessidade de fazermos a reforma íntima. De olhar para dentro de nós e, através da autocrítica, despertarmos para aquilo que precisamos moldar, renovar ou aprimorar na nossa personalidade, no nosso comportamento.
         Um sábio da Antiguidade disse: "Conhece-te a ti mesmo". Kardec acrescenta: "Compreendemos a sabedoria dessa máxima, mas a dificuldade está em se conhecer a si próprio". Qual o meio de chegar a isso?
          Santo Agostinho nos responde: "No fim de cada dia, interrogava a minha consciência, passava em revista o que havia feito e perguntava a mim mesmo se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever, se ninguém teria tido motivo para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim necessitava de reforma.
          Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse a si mesmo, o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo da guarda que o esclarecesse, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria (...)".

Conhecer para reformar

          Portanto, o conhecimento de si mesmo é a chave do melhoramento individual e a reforma íntima é um processo contínuo de autoconhecimento e de autoanálise. É a transformação do homem velho, carregado de vícios, manias e tendências no homem novo, o qual, gradativamente, ao tomar posse das suas reais necessidades, se permite melhorar os traços que compõem suas formas de manifestação, como: caráter, valores, hábitos e desejos, identificando tudo aquilo que pede mudança.
          O homem que desperta para esta necessidade e se disponibiliza a fazer os movimentos necessários rumo à plenitude, assegura sua felicidade, além da satisfação de olhar para dentro de si e viver a máxima citada por Kardec, em O Evangelho Segundo Espiritismo, no capítulo XVII,item quatro. Diz:"Reconhece-se o verdadeiro espírito por sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar suas más tendências."
          Reconheço que lapidar os próprios sentimentos é tarefa árdua e, portanto, para que a reforma íntima aconteça, é preciso que estejamos desprovidos de qualquer sentimento negativo que impeça a pessoa de dar o primeiro passo.
Um bom começo é esvaziar-se dos sentimentos contrários ao bem, e uma prática que muito ajuda é o hábito da oração. Através dela o homem alcança o alívio, trabalha o perdão e se sente mais próximo de Deus.
          Uma oração que eu transcrevo é a de São Francisco de Assis, a qual nos convida a uma reflexão quanto aos nossos sentimentos em relação a nós mesmos e ao mundo.
Realizada a oração, é chegando o momento de preencher a lacuna deixada pelo homem velho, com ações únicas e pessoais, agora renovadas através da prática da reforma íntima.
          Para finalizar, um pensamento de Chico Xavier: "Cada dia que amanhece assemelha-se a essa página em branco, na qual gravamos os nossos pensamentos, ações e atitudes. Na essência, cada dia é a preparação de nosso próprio amanhã".

Elizabeth de Freitas é jornalista e escritora.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Por que você sente angústia?

Em muito casos, a angústia é o termômetro emocional que o alerta sobre o quanto você está se autoabandonando e tomando a direção contrária às suas necessidades de realização interior

          A angústia é uma dor que se aloja no peito, sufoca sua iniciativa e o faz perder a noção do que está acontecendo com você, criando uma profunda sensação de instabilidade que não lhe permite saber o que fazer para se recompor. Entretanto, ela tem um significado fundamental no equilíbrio e na sanidade do ser.
         A angústia vem com a finalidade de avisar que seu mundo interior está se desorganizando ou já está desorganizado. Quase sempre se trata de algo antigo que você ainda não compreendeu ou não tem consciência para mudar.
          Em muitos casos, a angústia é o termômetro emocional que o alerta sobre o quanto você está se autoabandonando  e tomando a direção contrária às suas necessidades de realização interior. Ela surge quando você está se desconectando de sua autenticidade, de sua verdade pessoal e de seu caminho individual no mapa da existência. Não enfrentar seus medos, querer ter controle de tudo, usar de muita perfeição nas atitudes, conviver exaustivamente com a culpa e outros caminhos da dor emocional resultam nesse autoabandono.
          Memorize essa ideia: ninguém e nada pode preencher mais o seu coração do que você mesmo. Entregar ao outro essa tarefa é terceirizar sua felicidade.
          Quando você aprender a construir e a pavimentar o seu caminho com autoamor, sua vida emocional dispensará o corretivo da angústia. Ela apenas serve para trazer você de volta a si mesmo. É uma dor que sinaliza o desvio de rota na caminhada da evolução. É você querendo resolver coisas de fora sem realizar a mudança interior.
          A estrada do autoabandono é um roteiro de descida espiritual semelhante a do homem que saía de Jerusalém, cidade que simboliza as conquistas espirituais, para Jericó, centro das transições mercantilistas e materiais da época. Nessa atitude de se abandonar, você cai na mão dos velhos salteadores, como o orgulho, o ciúme, a inveja, o destempero, a compulsão em fazer escolhas pelos outros, a tristeza pela vida não ser como gostaria, a impaciência com a melhoria e o progresso das pessoas que ama, a sensação de fracasso diante dos seus deveres e tantas outras frustrações da sua vida. Depois desses assaltos emocionais, surge a terrível sensação de perda, de despojamento, junto da dor das pancadas da culpa e, por fim, a angústia toma conta do seu mundo interior, deixando-o meio morto.
          Quando se vir acometido pela angústia, faça duas perguntas: o que eu estou tentando controlar? O que eu não estou aceitando? Em seguida, busque uma mudança no padrão do seu comportamento, tomando por base as respostas.
          Com essas duas perguntas, você tem enormes chances de entender o que está acontecendo ou de iniciar e promover a recuperação de seu estado íntimo.
Se não houver melhoras, será necessária uma investigação mais profunda.
          O Controle sobre o que não é para ser administrável, especialmente os relacionamentos e as situações inalcançáveis, mais o fato de não aceitar os acontecimentos na vida, são causas muito presentes nos quadros de angústia.
          São dois comportamentos que consomem muita energia e afastam você de si mesmo.

Especial / Por Wanderley Oliveira