segunda-feira, 1 de junho de 2015

1ª Feijoada e 6º Encontro Fraterno da Casa Espírita Raio de Sol.


   Vem aí a 1ª Feijoada e 6º Encontro Fraterno da Casa Espírita Raio de Sol. Venha curtir uma deliciosa feijoada, embalada por boa música. Traga sua família, venha confraternizar com seu amigos. Teremos além de boa música, brinquedos para a diversão da criançada. Toda a arrecadação do evento será direcionada para a manutenção da CERS e construção das novas instalações, para um melhor atendimento aos irmãos necessitados.
      Para comprar o ingresso clique aqui.

3º Informativo da Casa Espírita Raio de Sol

Caros irmãos, dando continuidade a informação e comunhão entre a CERS e nossos irmãos segue informativo referente ao mês de junho, lembrando a todos que neste mês teremos a nossa deliciosa feijoada no dia 28 de junho, aguardamos a sua presença. Reiteramos o convite a acompanhar-nos via online ou visite-nos em nossa casa sito a Rua Professor Leopoldo Freiberger, 793, Centro, Biguaçu. Estaremos sempre a disposição de nossos irmãos. Fiquem todos na paz do Pai.

ONDE COMEÇA A OBSESSÃO?


Só é possível que as pressões vibratórias de fora interfiram de forma decisiva em nossas escolhas, venham elas de espíritos ou não, quando não temos governo sobre o que acontece com a vida interior

"Toda pressão espiritual nasce fora, no desejo dos que anseiam nos assediar. Entretanto, o que esta pressão vai desencadear é uma questão de responsabilidade pessoal. Toda obsessão, invariavelmente, começa a partir da postura íntima de adesão aos destinos que vêm de fora. Pressão sofreremos sempre,em se tratando da Terra. O que dela vai derivar é conosco. A pressão vem de fora. A obsessão vem de dentro."- Quem sabe pode muito. Quem ama pode mais, capítulo 9, Editora Dufaux.
Atendi uma pessoa recentemente em nossa casa espírita que tinha a seguinte queixa: "Ás vezes, tenho a sensação de que há algo que está me prejudicando no ambiente de trabalho. Eu estou me sentindo frustrado com minha profissão porque parece que quanto mais faço, menos produzo. Funções que antes desempenhava com facilidade, me causam fadiga, e estou tomado por um medo inexplicável de perder o emprego. A memória tem falhado com frequência e um clima de irritação tem se tornado constante. E agora, para piorar, está aparecendo manchas roxas pelo corpo e todos os exames que fiz não deram em nada. Então, uma amiga me disse que era obsessão e estou aqui para me livrar disso."

Auto-obsessão

Acompanhei esse caso por algumas semanas, examinando se minha suspeita inicial poderia se confirmar. Encaminhamos a pessoa para tratamento espiritual, fizemos vários diálogos fraternos e não tive mais dúvidas sobre o diagnóstico: era puro estresse e não tinha sequer um obsessor na história.
Quando não sabemos o que está acontecendo por dentro de nós, é muito comum chamarmos isso de obsessão ou dizer que são coisas da reencarnação passada. Embora não se tenha como contestar a veracidade desses princípios espíritas em nossas vidas, fica muito claro que, conformar-se com essas duas explicações acerca de nossos conflitos, angústias e todo o conjunto de vivências íntimas que experimentamos é, no mínimo, uma atitude conformista de quem não quer ou não está dando conta de avançar na conscientização de sua realidade pessoal.
É muito simplista tentar explicar os fenômenos da vida emocional e mental com reencarnação e obsessão. É como se dessa forma suprimíssemos a responsabilidade pessoal e afirmássemos que são duas coisas que não tem como mudar ou com as quais nada temos a ver.
Em verdade isso é uma fuga. Impressiona-me como nós, espíritas, usamos esses dois temas abençoados do Espiritismo para tentar explicar ou mesmo justificar o que acontece conosco.
Outro exemplo típico é o casal que passa por momentos difíceis e conjectura que as desavenças, traições e desgastes ocorrem em função de vidas passadas, onde um prejudicou o outro. E assim, mais uma vez, quando jogamos as explicações sobre nossos problemas para um "lugar desconhecido", ao qual não temos acesso, novamente varremos para debaixo do tapete a sujeira que precisava ser devidamente cuidada no presente.
Como eu coloquei no início, o autor espiritual José Mario, em seu livro Quem sabe pode muito. Quem ama pode mais, tem uma fala curiosa e extremamente prática sobre esses temas, mais especificamente sobre a obsessão. Ele diz que a pressão vem de fora, mas a obsessão nasce em nós. Que verdade prática encerra esse ensino do amigo espiritual!

As pressões

De fato, o estresse daquela pessoa que atendi tinha alguns componentes obsessivos, tais como: o ambiente psíquico do seu grupo de trabalho, as companhias espirituais das pessoas que naquele grupo estavam com obsessão, a força dos pensamentos negativos de várias pessoas já exaustas com o  que estavam fazendo... e tudo isso adicionado ao clima inamistoso dos clientes que por ali passavam e, sendo mal recebidos, descarregavam sua insatisfação em todos.
Todos esses itens são, conforme a explicação de José Mario, apenas pressão. Pressão espiritual, psíquica, emocional e relacional. Entretanto, embora sejam elementos perturbadores, estão presentes na grande maioria dos ambientes da Terra. Quando deixamos que essa pressão seja mais forte que nossos cuidados pessoais de defesa, então, a pressão se transforma em obsessão, isto é, somos dominados na vontade que se torna incapaz de reverter o processo. Aliás, esse é o conceito de Allan Kardec para a obsessão, no item 237, em O Livro dos Médiuns: "(...) obsessão, isto é, o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas".
Só é possível que as pressões vibratórias de fora interfiram de forma decisiva em nossas escolhas, venham elas de espíritos ou de outras fontes quaisquer, quando não temos governo sobre o que acontece com a vida interior. E não ter governo sobre si é ignorância, uma das piores doenças da atualidade. E se existe uma forma de ignorância fartamente nociva à nossa vida, ela se chama "analfabetismo emocional".
O trabalho de amparo e orientação com o ser humano tem me ensinado muito nesse sentido. Creio que as pessoas estão carentes de orientação emocional, tanto quanto de orientação espiritual, para darem conta de seus próprios problemas. O nível de analfabetismo sobre a intrincada rede de emoções que tecemos no dia a dia é surpreendente.
Assim como o centro espírita tem o compromisso de ensinar princípios espíritas, tem também o desafio de oferecer aos que lhe procuram uma instrução direcionada para o conhecimento de si próprio. Não basta, para isso, abordar temas de autoconhecimento com enfoque "professoral". Estamos falando aqui de diálogo, oportunidade para falar de si, discutir seus próprios saberes e sentimentos. Transmutar a relação institucional dirigente assistido e tratarmo-nos como seres humanos em aprendizado. Ter a coragem de largar o "salto alto" da instrução doutrinária e se conduzir como gente em busca de respostas e libertação.
Pois é! Enquanto não soubermos um tanto mais sobre nós mesmos, continuaremos declamando o poema da incompetência, responsabilizando os outros, as obsessões e a reencarnação por coisas que estão à espera de nossa decisão corajosa por resolvê-las.
Talvez não seja exagero dizer que o nosso mais temível obsessor somos nós mesmos e que toda obsessão, embora venha de fora, através das pressões de diversas matizes, é fecundada nas fontes profundas de nossa vida mental, onde começa e onde também pode terminar.

A influência moral do médium como causa nas obsessões
 O Livro dos médiuns - Da obsessão - Allan Kardec

252. As imperfeições morais do obsidiado constituem, frequentemente, um obstáculo á sua libertação. Aqui vai um exemplo notável, que pode servir para instrução de todos.
Havia umas irmãs que se encontravam, desde alguns anos, vítimas de depredações muito desagradáveis. Suas roupas eram incessantemente espalhadas por todos os cantos da casa e até pelos telhados, cortadas rasgadas e crivadas de buracos, por mais cuidado que tivessem em guardá- las à chave. Essas senhoras, vivendo numa pequena localidade de província, nunca tinham ouvido falar de Espiritismo.
A primeira ideia que lhes veio foi, naturalmente, a de que estavam às voltas com brincalhões de mau gosto. Porém, a persistência e as precauções que tomavam lhes tiraram essa ideia. Só muito tempo depois, por algumas indicações, acharam que deviam procurar-nos, para saberem a causa de tais depredações e lhes darem remédio, se fosse possível.
Sobre a causa não havia dúvida; o remédio era mais difícil.
O Espírito que se manifestava por semelhantes atos era evidentemente malfazejo. Evocado, mostrou-se de grande perversidade e inacessível  a qualquer sentimento bom. A prece, no entanto, pareceu exercer sobre ele uma influência salutar. Mas, após algum tempo de interrupção, recomeçaram as depredações. Eis o conselho que a propósito nos deu um Espírito superior:
"O que essas senhoras têm de melhor a fazer é rogar aos Espíritos seus protetores que não as abandonem. Nenhum conselho melhor lhe posso dar do que o de dizer-lhes que desçam o fundo de suas consciências, para se confessarem a si mesma e verificarem se sempre praticaram o amor do próximo e a caridade. Não falo da caridade que consiste em dar e distribuir, mas da caridade da língua; pois, infelizmente, elas não sabem conter as suas e não demonstram, por atos de piedade, o desejo que têm de se livrarem daquele que as atormenta. Gostam muito de maldizer do próximo e o Espírito que as obsidia toma sua desforra, porquanto, em vida, foi para elas burro de carga.
Pesquisem na memória e logo descobrirão quem ele é.
"Entretanto, se, conseguirem melhorar-se, seus anjos guardiões se aproximarão e a simples presença deles batará para afastar o mau Espírito, que não se agarrou a uma delas em particular, senão porque o seu anjo guardião teve que se afastar, por efeito de atos repreensíveis, ou maus pensamentos. O que precisam é fazer preces fervorosas pelos que sofrem e, principalmente, praticar as virtudes imposta por Deus a cada um, de acordo com a sua condição."
(...) o Espírito acrescentou: "Devo dizer o que digo e como digo, porque as pessoas de quem se trata têm o hábito de supor que nenhum mal fazem com a língua, quando o fazem muitíssimo. Por isso, preciso é ferir=lhes o Espírito, de maneira que lhes sirva de advertência séria."
Ressalta do que fica dito um ensinamento de grande alcance: que as imperfeições morais dão azo à ação dos Espíritos obsessores(...).
Mediunidade
Por Wanderley Oliveira