sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Plasmagem da Imaginação

A imaginação sutil é livre, não crê com densidade em nenhuma verdade e se permite aprender com outras pessoas
Especial / Por Dalton Roque Campos
O universo é consciência, e como todo o resto, nós somos frutos dessa consciência. Por isso tudo que vive é teu próximo, tudo respira energia imanente, é constituído e exala campo. Campo denso, campo sutil, campo vegetal, campo mineral, campo elétrico, campo magnético, campo bioenergético, campo animal... Assim é óbvio que cada nicho de vida está instalado numa faixa desse campo maior e é um subcampo desse que podemos denominar como quisermos.
A matéria é uma região onde o campo é apenas mais denso. Por isso, a teoria das multidensidades e dos multiversos é mais possível do que nunca.
O que lentamente a Ciência vem constatando por meio de seus modernos equipamentos e teorias da mecânica quântica, milenares textos da Índia antiga já sabiam. Portanto, o conhecimento do Antigo Oriente deve ser considerado e respeitado. Só os ocidentalistas não o percebem e não o valorizam.
No caminho da evolução, não apenas a biológica, que é apenas uma frequência do Grande Campo Cósmico, que a tudo permeia, mas na evolução consciencial, vamos aprendendo a perceber cada vez mais uma abrangência maior desse campo universal, processo que se denomina expansão de consciência.
Essa expansão é como ampliar o "dial" do seu rádio consciencial, expandindo a capacidade de recepção da gama de frequências que ele pode captar, aprender e vivenciar. A vida nos parece que são campos sobrepostos, se interpermeando. Por exemplo: o corpo é um campo de meteria permeado pelo pensamento, que é outro campo.
Fora do corpo, adstritos à crosta, no plano dos desejos ou plano astral concomitante, observamos as formas-pensamentos densas e sutis; vemos os campos que revelam os chakras e nadis, vemos a aura, vemos as paixões, apegos e desejos convergindo para um campo mais denso em volta de seus portadores.
Assim, as vivências pessoais são um mosaico de experiências vividas, crenças, valores, conhecimentos teóricos (cognição), achismos, opiniões, desejos e apegos que irão gerar um campo que permeia seu portador.
Se a pessoa crê (com qualquer justificativa) que é dona da verdade, ela plasma este campo limitante. Quanto mais crê nisso, mais denso fica o campo, aumentando o apego a ele - ciclo vicioso.
Todos temos crenças, inclusive ateus, materialistas e céticos, apesar de termos outras possíveis referências com outros nomes, posturas e linguajar, mas todos temos crenças. E temos a imaginação também. Enquanto os apegos geram crenças, que, por sua vez, geram campos densos que limitam o percipiente, a imaginação gera campos sutis que ampliam seu nível de consciência.
Essa abertura das pessoas imaginativas, soltas, criativas e sem preconceitos gera universalismo, o que permite a imaginação do indivíduo visitar (e aprender) com a imaginação de outras pessoas, sem ficar preso na limitação da própria verdade. Quando a pessoa crê que possui a verdade, ela gera um campo denso e espesso que não consegue viajar dentro da imaginação de outras pessoas.
A imaginação sutil é livre, não crê com densidade em nenhuma verdade e se permite aprender com outras pessoas. A imaginação densa se fecha na prisão dos exclusivismos doutrinários, dos dogmas possuidores de "verdades" relativas ou absolutas, dogmáticas ou dissimuladas.
"O diabo empalidece comparado a quem dispõe de única verdade."- Emil Cioran