segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Oração do Trabalhador

Ó, Senhor dirigente da luz, guia os meus passos nas travessias nebulosas.
Toca o coração daquelas pessoas difíceis,
que por nada ficam nervosas.
Transforma a minha convivência com
as diferenças em relações afetuosas.
Que a minha jornada diária seja compartilhada só com pessoas amorosas.
Ó, Senhor quebra as amarras que me
impedem de avançar
Que as melhores oportunidades venham
ao meu encontro, me dizendo sim.
Abra as portas do crescimento para que eu
possa atravessar;
E que eu esteja preparado para reconhecer o
que é melhor para mim
Ó, Força Condutora, transforma as minhas
ações em bem-estar e realização.
Que eu tenha paciência e maturidade para
conviver com o ritmo dos outros.
Que o meu olhar esteja mais focado nas
qualidades do que na imperfeição.
E que as pessoas da minha convivência
estejam curadas de seus desgostos.
Senhor transforma em riqueza e felicidade a vida
daqueles
que me oferecem as oportunidades de
crescimento;
E que todos reconheçam a minha dedicação;
E me paguem o que eu mereço pelo meu talento.
Senhor, afaste de mim a inveja e acolhe a minha
alma em teu abrigo;
Retira da minha jornada o medo, o desânimo e a
sombra da insegurança;
Coloca-me acima da fraqueza, e isola a força
negativa dos inimigos.
E que por onde eu passar, seja semeando o amor, a
luz e a esperança.
Ó, Força do bem, toca os meus sonhos com a luz
da tua presença.
Preenche-me com a tua paz e felicidade através
da consciência.
Inspira-me a expressar no meu trabalho o melhor
de minha essência.
E que o fruto do meu esforço me leve ao
caminho da recompensa.


Por Evaldo Ribeiro

sábado, 25 de dezembro de 2010

Quem somos nós?




Só venceremos a
ignorância do mundo
quando vencermos essa escuridão...dentro de nós mesmos
                



Por Evaldo Ribeiro
Quando nascemos, logo somos acolhidos, amparados, bem cuidados, amados e aceitos do jeito que a vida nos concebeu. Mas, já chegamos nessa nova realidade esquecidos das nossas raízes antepassadas, de onde viemos atravessando em evolução. É como se estivéssemos voltando de uma longa viagem e desembarcando no aeroporto da vida, para um recomeço entre pessoas muito queridas de outros tempos.
E nesse emocionante reencontro, logo sentimos uma energia muito positiva vibrando no calor do abraço dessas pessoas que nos acolhem, comemorando afetivamente a nossa chegada.
Todos ao nosso redor demonstram boa vontade, disposição em nos ouvir e, principalmente, interesse em nos oferecer uma condição favorável para que possamos ter uma vida feliz. Nada é mais seguro para nós que o olhar iluminado daquela mulher que aceitou usar o seu corpo como veículo celeste para transportar o nosso espírito de outras moradas até o plano terrestre e, mesmo com a sua aparência modificada pelo processo da gestação, ao nos dar a luz ela sente-se premiada, preenchida e realizada com o resultado que a chegada de um filho representa... a sua própria continuação.
Ela se comove quando tem a oportunidade de nos tocar e sentir a energia da nossa presença pela primeira vez em seus braços.
Quando sentimos algum desconforto, basta chorar e ela logo entende o que estamos dizendo e o devido cuidado imediatamente é tomado, porque o bem-estar de um bebê torna-se a prioridade de uma família unida pelo amor.
Quando começamos a nos comunicar, cada gesto nosso é comemorado, aplaudido e reconhecido como algo muito esperado pela nossa torcida familiar.
Entendendo como as relações humanas funcionam, tomamos confiança e estabelecemos um vínculo afetivo com aqueles que estão mais presentes em nossa vida diariamente.
As primeiras palavras que pronunciamos não são bem claras. Mas, todos querem participar desse momento único conosco. Mesmo quando nós falamos de forma errada, todos entendem e se divertem e aceitam isso sem nos repreender pela nossa falha. Isso nos encoraja e nos faz acreditar que somos seres muito especiais.
Ainda cedo, descobrimos que aqueles adultos fortes que demonstram tanta superioridade diante da nossa fragilidade, na verdade, não são tudo aquilo que eles aparentam. Começamos a assimilar que essas pessoas podem ser manipuladas psicologicamente por nós e, assim, criamos os jogos emocionais, onde passamos a exercer poder sobre essas pessoas e, do alto de sua suposta maturidade, os adultos começam a reconhecer em nós o seu próprio passado em nosso comportamento imaturo.

Nossa infância
Atravessamos a fase da dependência e começamos a caminhar com as nossas próprias pernas... E, justamente quando nós descobrimos que somos livres, as pessoas que a nossa inocência enxergava como protetoras, agora começam  a se revelar e a impor regras para nós.
Ah, como isso dói profundamente em nosso ser.
A técnica das chantagens emocionais que nós usávamos para chamar a atenção já não funciona mais. E quando insistimos em obter aquilo que desejamos, através daquele velho apelo de vítima, as coisas sempre terminam em palmadas.
Não entendemos mais como devemos interagir com os adultos, porque antes eles nos diziam sim, para tudo. Mas, agora nos dizem não para qualquer coisa que desejamos. E em nossa cabeça fica uma pergunta dramática, repetida: por que eles não me amam mais como antes? Sem uma resposta concreta, o nosso castelo de ilusões desmorona, e assim temos que encarnar a nova realidade e crescer com os desafios.
Logo tomamos outro choque, quando descobrimos que aquele velhinho barbudo que vem presentear as crianças bem comportadas na noite de natal, na verdade, não é Papai Noel coisa alguma, e sim, aquele tio chato que nós odiamos.
Nos sentimos traídos por todos que fizeram parte dessa caminhada rumo à ilusão e passamos a ter raiva do passado e das pessoas que nos fizeram acreditar em coisas que não são reais e, com isso, perdemos a confiança nas pessoas e não queremos mais fazer nada sem antes ter a certeza de que não seremos enganados novamente.

Contato com a perda
Entramos em um estado de angústia e medo da vida, e cada sorriso que recebemos nos faz lembrar que os adultos, com o tempo, são adulterados e deixam de ser dignos de confiança. Porque não agem mais com a verdade como no tempo de criança. A vida começa a perder a graça quando, ainda pequeno, recebemos a notícia de que alguém muito querido partiu dessa para a outra morada - sem pelo menos nos dizer quando vai voltar. Evitando nos traumatizar, as pessoas nos dizem que o familiar falecido, na verdade, foi morar com o Papai do Céu. Porém, essa explicação não convence muito, pois, afinal, fomos ensinados que as pessoas que se amam de verdade, para onde vão, sempre levam consigo quem elas mais amam. Tomados pela dor da perda e o sentimento de abandono que é deixado pelo silêncio da morte, não compreendemos como é que uma pessoas amada se muda para um lugar tão longe como é o céu sem, pelo menos, se despedir de nós antes de partir. As dúvidas enchem a nossa cabeça de indagações, nos assombrando e, assim, passamos a procurar respostas para tudo que nos perturba.
Porém, alguns adultos continuam mentindo e nos levando cada vez mais para dentro de um mundo ilusório e fantasioso. Decepcionados com os outros, nos fechamos e só queremos saber quem somos nós e de onde viemos; porque nascer, envelhecer, e morrer, se despedindo de quem nós tanto amamos, de uma forma tão dolorida?
E, para onde nós vamos embarcar, quando a morte chegar para nos levar?
Será que vamos nos reencontrar com aquelas pessoas queridas que nos deixaram e nunca mandaram notícia? Será que elas vão nos reconhecer e correr ao nosso encontro quando chegarmos ao outro lado da vida, para, de uma vez por todas, calar essa voz da saudade que grita dentro de nós? Sem conexão com a outra realidade da vida, somos obrigados a conviver com a incerteza até chegar o nosso momento de regressar.

Revolução 
Entramos na fase da adolescência e a nossa cabeça começa a criar solução para tudo, e é nesse momento que a nossa personalidade é formada e no qual achamos que o mundo só ficará interessante se embarcar em nossas ideias revolucionárias.
Queremos transformar o jeito de pensar dos nossos pais, porque achamos que a experiência dos mais velhos está sempre ultrapassada e que só uma coisa está certa nessa sociedade: a nossa vontade. Queremos ensinar aos nossos professores a ver aquilo que eles tentam nos ensinar por uma visão mais atualizada. Porque nos imaginamos sendo espíritos avançados e enviados pela Inteligência Superior para provocar a transformação nesse mundo de atrasados e adormecidos de consciência.
Conquistamos a juventude e nessa fase queremos viver tudo agora e sem responsabilidade com o amanhã. Dominados pelos hormônios, agimos sem pensar nas consequências das nossas ações... Somos advertidos e, às vezes, até punidos rigorosamente.
Sentindo o efeito das nossas atitudes na própria pele, logo entendemos que as coisas não funcionam apenas do nosso jeito e que a nossa razão se perde quando desrespeitamos o direito de igualdade dos outros. Atingimos a maturidade biológica e novamente somos convidados a nos enquadrar nas regras da sociedade. Alguns persistem em não crescer e continuam agindo pelo impulso, mas, pagam um preço muito alto para corrigir a sua imaturidade, e muitos até perdem a sua liberdade social.
Outros, logo enxergam que só quem age dentro das normas pode seguir a sua caminhada sem conforto com as leis. Finalmente, chega à velhice, cansada de tanto bater contra o muro e marcada pelas cicatrizes dos seus próprios passos errados. Porém, agora carregada de experiência, plena de maturidade e conselheira dos jovens.
Já não temos mais vontade de aventura e condenamos a pressa daqueles que, assim como nós, nos tempos de rédeas curtas, avançam nos prazeres da vida antes da hora.
Mesmo sem enxergar direito, agora achamos que tudo é imoral e que o tempo perfeito se foi quando a nossa aparência ainda era jovial.
Passamos a desaprovar o comportamento da juventude atual.
Onde vemos qualquer gesto de carinho como pouca vergonha, falta de respeito e a decadência dos bons modos.

Tudo é crescimento
Quando regressamos para a outra morada, levamos conosco a certeza de que não resta outra saída na vida, a não ser crescer.
Reconhecemos, então, que para concretizarmos as grandes transformações que tanto desejamos, devemos começar partindo do mais íntimo de nós, confiando no prosseguir evolutivo da vida, que só promove esse crescimento quando entendemos que, fazendo a  parte que nos cabe, tudo se ajusta para nos fazer chegar ao mais alto nível de consciência.
Onde o clarão da sabedoria abre a nossa visão para nos proporcionar a revelação daquilo que mais buscamos... a luz. Olhando para os vícios e recaídas dos outros, chegamos à conclusão de que ninguém muda, mesmo por alguém.
E que a boa convivência com as diferenças nos leve a consciência de que só venceremos a ignorância do mundo quando vencermos essa escuridão...dentro de nós mesmos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Natal. Tempo de esperança


Ah, Natal, festa de sentimentos tão contraditórios!...
Doce melancolia enche meu coração, quando vejo as luzes, os enfeites, a correria, a impaciência, a sofreguidão aquisitiva. Creio que o doce Rabi não nos pediu isto, que deslustra sua festa que deveria ser, sim, de tolerância, inclusão e solidariedade.
A proximidade do final de ano convida-nos à reflexão, a pensarmos em nossas vidas, no ano que transcorreu. Que sonhos conseguimos realizar, que sonhos naufragaram no mar tempestuoso do imponderável, daquilo que nos fugiu controle?
Terá valido à pena pagar o preço material, emocional e espiritual, para a aquisição de mais itens do nosso sonho de consumo?
Às vezes, depois da aquisição, sobrevêm o vazio e a decepção. O objeto nem nos preencheu, nem trouxe aquela alegria que esperávamos de nossa família e nem, muitas vezes, o reconhecimento que desejaríamos.

Começando pelo perdão
Neste inevitável balanço de final de ano, sobra o gosto meio amargo do infortúnio, misturado ao clima festivo do derredor.
Quantos sentimentos misturados!
Aquele amigo desertou em hora crítica, provocando-nos decepção e abandono. Aquele outro familiar fraudou-nos a confiança, enquanto o filho tão querido jogou-nos ao rosto incompreensão e crueldade.
O momento é oportuno, por outro lado, para reconhecermos a condição humana de todos eles, que carregam, como nós mesmos, luz e sombra dentro de si. Nesta hora de balanço cabenos zerar os débitos alheios e multiplicar os seus créditos, num esforço de aceitação e complacência para com as humanas imperfeições. Acaso não fomos também, por nossa vez, geradores de decepções e desilusões?
A hora é de perdão e reconciliação, fraternidade e aceitação.
Libertemo-nos da tormenta do ressentimento e da amargura. De coração leve e limpo, poderemos, em paz, desfrutar das suaves claridades do Natal de Jesus e das doces esperanças de dias melhores no Ano Novo.
Os tempos do advento, que antecedem as festividades natalinas e de passagem de ano, provocam, na maioria da população, segundo as pesquisas, acréscimos ao estresse e sentimentos de solidão. O próprio clima festivo e a veiculação pela mídia de quadros de famílias perfeitas e felizes constratam com a realidade de muitos, que se apercebem de suas vidas medíocres, de sua falta de esperança e penosa solidão, de sua pobreza de amigos e de entes queridos. São nestes momentos que algumas pessoas, já mentalmente doentes sem se darem conta, sentem-se tentadas ao suicídio, como mostram as estatísticas destas tristes ocorrências, nesta época do ano.
Se você está se sentindo assim, caro amigo, é hora de reagir energicamente. Não há sofrimento íntimo, por mais avassalador, que não seja passível de ser tratado e curado. É preciso ter esperança, buscar ajuda médica e espiritual, se você esposa alguma fé.
Os jovens ficam especialmente vulneráveis quando experienciam a perda de um grande amor, e tendem a se sentir irremediavelmente sós, com insuportável e desesperadora solidão. A eles diríamos que o mundo é vasto e que não somos a metade perdida de uma laranja aguardando a outra metade.
Somos seres completos, e mais cedo do que imaginaríamos, encontraremos outro ser afim que contemplará as nossas carências.

Em busca da luz
Multiplicamos as luzes no Natal e Ano Novo, em todas as decorações, como representações simbólicas de nossa eterna busca de Luz. Como buscadores desta Luz, urge, agora, renovarmos nossas vidas com novos valores, aqueles substanciais e eternos, à base de sentimentos de amor e fraternidade, verdadeiramente enriquecedores do espírito; também com novos paradigmas filosóficos e espirituais, aqueles que nos consolam e explicam o porquê da vida, por que estamos aqui, para onde vamos.
É tempo de acolher Jesus em nossas almas, que como o sol resplendente que afasta as trevas, trará a aurora risonha, com a promessa de novos dias de paz, abundância, esperança e felicidade.

A hora é de perdão e
reconciliação,  fraternidade e
aceitação. Libertemo-nos da
tormenta do ressentimento e
da amargura

Por Luiz Antônio de Paiva








segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Desobsessão: A terapêutica do amor


O enfermo espiritual conduz chagas profundas, que exigem um tratamento cuidadoso, por serem de natureza moral

Por Divaldo Pereira Franco

Em todo o processo de obsessão, defrontamos-nos com um desafio moral que se prolonga em razão da agressividade dos litigantes, que, por estarem renitentes no ódio, preferem o combate inglório do que as bênçãos de renovação e paz. Como consequência, os implicados no conflito se encontram enfermos da alma, necessitando de uma terapia adequada. E somente o amor é capaz de conseguir a cura. 
Evidentemente, a lógica e a razão devem ser convocadas para o esclarecimento tanto daquele que se faz algoz como daquele que se apresenta como vítima. Na verdade, o aparente algoz de hoje é a vítima de ontem. Ignorando a sabedoria das leis divinas e movido por pura loucura, ele resolve tomar a clava da justiça em suas mãos a fim de aplicar o desforço, quando a consciência cósmica possui recurso hábeis para regularizar todas as ocorrências pertubadoras, matendo o equílibrio e a harmonia geral.
Quando há a consciência de culpa no indivíduo, seja ela lúcida ou adormecida na alma, surge uma matriz propiciadora para que se instale uma alienação obsessiva, convertida em uma verdadeira tomada na qual se fixa o plug psíquico do ser que se sentiu defraudado, traído, vitimado pela perversidade ou indiferença de quem se converteu em verdugo para si.
Através de um mecanismo sutil de afinidade, em virtude do perseguidor e do perseguido vibrarem na mesma faixa psíquica (ódio, ciúme, paixão dissolvente, sexo desvairado ou vícios de qualquer natureza), a obsessão se instala mediante a vinculação das descargas de animosidade do desencarnado sobre o encarnado, quando se trata desse tipo de perturbação. Mesmo nos casos em que ocorrem os fenômenos hostis de desencarnado contra desencarnado ou de encarnado para com desencarnado, sempre há um traço de profunda afinidade ou identidade de sentimentos entre os envolvidos no infeliz problema.
Com bastante propriedade, Allan Kardec estabeleceu que, entre os recursos terapêuticos para desobsessão, predomina a paciência, considerando-se que os espíritos rebeldes e cruéis são intempestivos, recalcitrantes e sem capacidade de suportar uma ação positiva constante, carregada de amor e verdadeiro desejo de auxílio.

Recursos terapêuticos

O processo obsessivo pode ter início antes mesmo da reencarnação do paciente, quando se trata de necessidade expiatória. Nos casos de provação, quando a reparação dos males causados para aquele que hoje se converte em perseguidor se faz imprescindível, o mecanismo de instalação do quadro é lento e bem urdido, gerando varias consequências, inclusive afetando o organismo físico. Desse modo, a terapia propiciatória à  saúde se faz muito complexa, exigindo os valiosos recursos do amor e da perseverança daquele que se propõe a esse intento.
Ao mesmo tempo, o terapeuta que se dedica ao ministério da desobsessão deve possuir os recursos hábeis para o bom desempenho da tarefa que pretende executar. Inicialmente, deve ter uma conduta moral e social saudável, perfeitamente compatível com os códigos do verdadeiro espírita, que equivalente a ser um verdadeiro cristão. Ao lado deste indispensável requisito, torna-se de grande valia o conhecimento da doutrina espírita e , por extensão, das técnicas utilizadas pelos espíritos vingadores, perturbadores e enfermos que se dedicam a esta cruel cobrança por intermédio das obsessões. Também é imprescindível ao terapeuta estar sob a orientação de seu guia espiritual ou do núcleo no qual se realizam as reuniões especializadas para tal cometimento. 
O trato com os desencarnados em sofrimento (e todo perseguidor é profundamente infeliz, pois se encontra inimizado consigo próprio) deve sempre se revestir de muita gravidade, respeito e amor. As palavras que lhe serão dirigidas devem estar carregadas emocionalmente de sentimentos nobres, de tal forma que resistam à observação dos mesmos, suas contestações e reações expressas de várias maneiras.
O enfermo espiritual conduz chagas profundas, que exigem um tratamento cuidadoso, por serem de natureza moral e estarem fixadas no cerne do perispírito.
Seu tratamento terá que se dar do interior para o exterior, mediante a renovação do próprio paciente, quando se resolve pela mudança de atitude mental e a consequente transformação moral para melhor. Por isso mesmo, a conduta do terapeuta com ele deve se caracterizar pela doação de energias psíquicas e irradiações  afetuosas que consigam lhe alterar o campo vibratório, pelo qual passará a captar outras e diferentes ondas mentais, enriquecendo-se de equilíbrio e renovação.
Portanto, não se deve tentar nenhuma violência em atividades desobsessivas, compreendendo-se que não é apenas o encarnado que está doente e deve receber cuidados, mas principalmente aquele que vem sofrendo ao longo dos anos sem compreender a realidade da vida nem alterar o comportamento para que, no mínimo, possa luzir a paz. No entanto, essa conduta não dispensa a energia que se faz essencial, se muito bem dosada, em certos momentos, de forma que os valores íntimos do terapeuta sejam colocados em teste.

Esforço moral

Recordemos a conduta que manteve Jesus, o Sublime Terapeuta, quando dialogava com o espírito imundo que atazanava o jovem epiléptico, cujo pai lhe pediu socorro ao descer do Tabor, o mesmo ocorrendo com a legião que obsediava o atormentado de Gadara. Conhecendo as causas anteriores que geraram as aflições agora apresentadas em forma de obsessão, o amigo por excelência sabia que os débitos de ambos os incursos na lei já estavam liberados pelo sofrimento que experimentaram, estando, portanto, em condições de recuperarem a saúde. Não obstante, sempre que era convocado para atender aflições humanas de qualquer natureza, Jesus solicitava ao recém-liberado que não voltasse a pecar, ou seja, que se comprometesse com o mal, a fim de que algo pior não lhe acontecesse.
Por outro lado, torna-se impostergável o esforço do paciente encarnado em favor de sua própria recuperação moral, trabalhando para se libertar das imperfeições que afeiam o caráter e abrem espaço para a instalação de plugs propiciadores de obsessões.

Casos de reincidência

É compreensível que episódios de recidiva ocorram durante o tratamento, graças ao ressentimento do encarnado e o recrutamento da perturbação. Porém, isso não significa uma falência dos métodos aplicados, mas uma convocação a todos que se encontram neles implicados no sentido de permanecerem unidos e perseverantes. Tal situação acontece porque graves problemas mal administrados e com uma vigência demorada não podem ser erradicados de um momento para o outro, propondo largos investimentos de amor e compaixão.
À semelhança de uma terapia aplicada em um problema psiquiátrico ou psicológico convencional, cujos resultados nem sempre são os anelados, distúrbios de dois pacientes que se interdependem pelos conflitos que os estiolam são defrontados diante das obsessões. Em outras situações, o paciente vitimado pela obsessão se torna responsável pelo prolongamento do drama, por causa das dificuldades que enfrenta  no trabalho de autoburilamento moral, quando se revelam sentimentos de mégoas e amarguras em relação  ao ser que o infelicita, aprisionando mentalmente o adversário que já se encontra em período de transformação interior. Quando ocorre este fenômeno, a recidiva é inevitável, tornando-se um desafio para o terapeuta. Terá de usar argumentos muito claros e enérgicos, para que o paciente encarnado resolva mudar o comportamento e se tornar um trabalhador do bem comum.
Nas obsessões intermitentes, nas quais a cura não se faz em razão da fragilidade moral da criatura que padece pela injunção, estas se repetem com frequência até se tornarem irreversível, quando a problemática é transferida para além do portal de cinzas, representando uma grande falência do ser que não soube aproveitar a oportunidade para a reparação dos gravames antes perpetrados. O infeliz comportamento poderá dar margem para futuras reencarnações em circunstâncias das quais não poderá se furtar.
A vida cobra seus infratores sempre com misericórdia, oferecendo recursos para tornar o regate menos aflitivo, cabendo ao devedor apressar o momento de sua libertação. Se não acontece desta forma, é porque ele próprio se aprisiona nas correntes construtora do desespero, o qual passará a experimentar em situação muito mais penosa. Assim, só existe obsessão porque permanecem endividados aqueles que se recusam ao ressarcimento através do amor (obras meritórias, de auto edificação, de compaixão e de embelezamento do mundo), sendo convocados para o reequilíbrio das leis divinas, que agora se apresentam como sofrimento, já que a dor não é de Deus. Isso é resultado da ignorância e da revolta do ser humano, que o elaborou como metodologia para encontrar a felicidade.

A importância do amor

A obsessão é um mal que assola como verdadeira epidemia, exigindo o contributo do amor tanto nos dias de hoje como em todos os tempos. Sua erradicação somente se dará quando o espírito humano resolver mudar seu comportamento em relação a Deus, ao seu próximo e a si mesmo.
Nessa paisagem de obsessões que se generalizam, há algumas cujas raízes estão profundamente fixadas nos perispírito do encarnado. Para trata-lá, são necessários e mesmo indispensáveis os conhecimentos de técnicos espirituais que realizam cirurgias profundas no paciente, onde estão as matrizes, para libertar o vampirizador desencarnado. Então, esta passará a receber assistência competente ao mesmo tempo em que o enfermo encarnado contribuirá com seu esforço de melhoramento interior, ajudando aquele a quem muito prejudicou. Em alguns casos, apenas com a reencarnação do inclemente perseguidor na condição de filho, irmão ou familiar muito próximo, no intuito de uma convivência dos dois desafetos, é que se torna possível ao amor, em longo trabalho, limar as arestas da animosidade e proporcionar a regularização do delito.
A desobsessão é a saudável terapia espírita capaz de modificar as paisagens atuais da Terra, afligida por verdadeiras hordas de espíritos em desalinho com os quais as criaturas humanas se sintonizam. Porém, isso não se dá exclusivamente durante os trabalhos especializados, mas também nas conversas edificantes, leituras enobrecedoras, espetáculos artísticos com mensagens elevadas, espairecimentos renovadores e conferências instrutivas, aquelas que trazem os esclarecimentos espirituais a respeito do ser, da finalidade de sua existência na Terra, de como administrar os desafios, das atividades que podem ser realizadas em favor do mundo melhor.
A "evangelhoterapia" é o precioso recurso que todos podem utilizar para que a saúde, em seus vários aspectos, predomine entre os indivíduos encarnados, dando margem para que manifestação da Nova Era que desejamos, cuja instalação em nosso planeta se avizinha, ocorra nos corações e nas mentes.

sábado, 20 de novembro de 2010

O desenvolvimento da Mediunidade


"Respeitando os ciclos etários e procurando pautar o desenvolvimento no estudo sério, o médium não
 estará sujeito ao mau uso de seu dom."

Por Edvaldo Kulcheski
Embora em diferentes graus e tipos, todos nós temos a mediunidade e, por esse motivo, todos somos médiuns.
Essa faculdade é inerente ao ser humano, não constituindo um privilégio exclusivo. Porém, entendemos comumente como médium todo aquele que sente a influência dos espíritos de forma ostensiva.
Reparemos que, ao nosso redor, há ignorância, miséria, lágrimas, feridas, dores e erros. Pois bem, é por meio dos médiuns que os espíritos nos instruem suavizam a miséria, enxugam as lágrimas, cicatrizam as feridas, mitigam as dores e corrigem os erros. A mediunidade, quando equilibrada, faz com que nós, habitantes da Terra, trabalhemos juntos na construção do reino de Deus.

Mediunidade infantil

Geralmente, o processo de desenvolvimento da mediunidade é cíclico, ou seja, ocorre por meio de etapas sucessivas em forma de espiral. O primeiro ciclo vai de zero aos 12 anos de idade, período no qual as crianças possuem a mediunidade à flor da pele, por assim dizer, mas com o resguardo da influência benéfica e controladora dos espíritos protetores, chamados por algumas religiões de " anjo da guarda".
Nessa fase infantil, as manifestações são mais de caráter anímico. A criança projeta sua alma nas coisas e nos seres que a rodeiam, recebe as inpirações orientadoras de seus protetores, às vezes observa e denuncia a presença de espíritos e, não raro, transmite avisos e recados destes aos familiares de maneira positiva e indireta. Quando passam dos sete ou oito anos, as crianças se integram melhor ao condicionamento da vida terrena,desligando-se progressivamente das relações espirituais e dando mais importância às relações humanas.
No entanto, não é aconselhável o exercício da mediunidade em crianças, uma vez que o organismo delas, débil e em formação, pode sofrer fortes abalos. Além disso, a imaginação está em intensa atividade e pode haver uma grande excitação, sem contar com que elas não possuem discernimento suficiente para lidar com os espíritos.
Às vezes, as manifestações mediúnicas apresentadas pela criança são causadas pelas perturbações existentes no ambiente do lar. Neste caso, o mais recomendável é atendê-la com passes, para eliminar as manifestações, e orientar o comportamento dos familiares adultos, para que as tensões espirituais não reflitam mais nela.
Agora, se a manifestação mediúnica for espontânea e equilibrada, deve-se aceitar os fenômenos com naturalidade, mas sem estimulá-los nem tampouco querer colocar a criança em um verdadeiro trabalho mediúnico. Convém que ela seja encaminhada para a evangelização e o conhecimento doutrinário adequados à sua idade, a fim de que, no futuro, ela esteja devidamente preparada para entender sua faculdade e empregá-la bem.

Adolescência

O segundo ciclo de desenvolvimento da  mediunidade começa geralmente na adolescência, a partir de 12 ou 13 anos de idade. Como dissemos, no primeiro ciclo só se deve intervir no processo mediúnico com preces e passes, para abrandar as excitações naturais da criança. Já na adolescência, o corpo amadureceu o suficiente para que as manifestações mediúnicas se tornem mais intensas e positivas. Então, é tempo de encaminhá-la com informações mais precisas sobre a questão da mediunidade.
Diante disso, não se deve tentar o desenvolvimento da mediunidade em sessões. O passe, a prece e as reuniões de estudo doutrinário são os meios de auxiliar o processo sem forçá-lo, dando ao adolescente a orientação necessária. A adolescência é a hora das aitvidades lúdicas, dos jogos e esportes, do estudo e aquisição dos conhecimentos em geral, de uma integração mais completa na realidade terrena. Portanto, não se deve forçar os adolescentes, mas estimulá-los no tocante aos ensinamentos espirituais, abrindo suas mentes para o contato mais profundo e constante com a vida no mundo. Os exemplos dos familiares influem mais em suas opções do que os ensinamentos e as exortações orais.

Juventude

Já o terceiro ciclo ocorre geralmente na passagem da adolescência para a juventude, entre 18 e 25 anos de idade, tempo dos estudos sérios. No entanto, se a mediunidade não se definiu devidamente até esta fase, não devem haver preocupações, uma vez que existem processos nos quais sua verdadeira eclosão leva até cerca de 30 anos para ocorrer.
Na verdade, a potencialidade mediúnica nunca permanecerá letárgica. Ela se atualiza com mais frequência do que supomos, passando de potência a ato em diversos momentos da vida, através de pressentimentos, previsões de acontecimentos simples, como o encontro de um amigo há muito tempo ausente, percepções extras sensoriais que atribuímos à imaginação ou à lembrança e assim por diante.
Portanto, os problemas mediúnicos consistem apenas e tão somente na disciplinação das relações espírito-corpo, que chamamos de "educação mediúnica". À medida que o médium aprende, como espírito, a controlar sua liberdade e selecionar suas relações espirituais, sua mediunidade se aprimora e se torna cada vez mais segura.
O bom médium é aquele que mantém o seu equilíbrio psicofísico e procede na vida de modo a criar para si mesmo um ambiente espiritual de moralidade, amor e respeito pelo próximo. A dificuldade maior está em se fazer o médium compreender que , para tanto, ele não precisa se tornar santo, mas apenas um homem de bem. Deve ser espontâneo, natural, uma criatura normal, que não tem motivos para se julgar superior aos outros. Quando não orientada para os caminhos do bom senso, a mediunidade pode turvar a vida e ser instrumento de perturbação geral, porém, em harmonia, pode fazer grandes coisas.

Vivência diária

A educação mediúnica pode começar no simples modo de falar aos outros, transmitindo bastante brandura, alegria, amor e caridade em todos os atos da vida. O desabrochamento de uma faculdade mediúnica e seu constante aprimoramento necessita, dentre outras coisas, de educação, esforço, disciplina e aquisição de valores morais e espirituais, a fim de se evitar ciladas, enganos, perigos e dissabores que podem ser gerados pela invigilância, pela indisciplina e pelo despreparo.
É importante que o médium não procure na mediunidade um objetivo de simples curiosidade, diversão ou interesse particular, mas que a encare como coisa sagrada que deve ser utilizada para o bem de seu semelhante, sustentada na elevação moral e no estudo sério e edificante. Na primeira fase do desenvolvimento, o médium deve evitar qualquer pretensão vaidosa no sentido de se supor capaz de grandes feitos mediúnicos.
Aquele que se educa espiritualmente e amadurece seu dom através do esforço, do estudo e da disciplina moral passa a ser assistido pelos bons espíritos, que o preservam das ciladas do mundo invisível. Os bons médiuns são raros por falta de uma educação e um adestramento seguro. A faculdade mediúnica é delicada e necessita de acuradas precauções, perseverantes cuidados, método, aspirações nobres e da conquista de uma cobertura espiritual de caráter elevado. O ambiente da prática mediúnica deve ser seguro, organizado e sério, para evitar o perigo de um falso desenvolvimento em que predominam as viciações, bem como os condicionamentos, o automatismo, as falsas concepções do que sejam os espíritos guias, as mistificações e a obsessão. 

"Aquele que se educa espiritualmente e amadurece
seu dom através do esforço, do estudo e da
disciplina passa a ser assistido pelos bons espíritos.
Os bons médiuns são raros..."

"O médium espírita é aquele que transmite
 brandura, alegria, amor e caridade em todos
 os atos da vida."
       




sábado, 13 de novembro de 2010

Espiritualidade e meio ambiente



"Tudo o que acontece à terra - acontece aos filhos da terra. O homem não teceu a teia da vida - ele é meramente um fio dela"
            
Por Quito Formiga

A palavra xamã originou-se do dialeto dos povos Tungos, da Sibéria, e significa " homem inspirado pelos espíritos". Trata-se de um sacerdote, que pode ser tanto homem como mulher. Este vulto está presente em centenas de culturas tribais pelo mundo e seu objetivo principal é visualizar o sagrado, o invisível aos olhos do ser comum. Para que isto aconteça, o xamã utiliza-se de rituais e instrumentos específicos, como o tambor, ervas medicinais ou alucinógenas, cantos, meditações, etc. Tudo com o intuito de acessar com maior plenitude o mundo dos espíritos e dos seres da natureza.
Os xamãs podem ser considerados grandes médiuns, com dons mediúnicos como os de cura, efeitos físicos, clarividência entre outros. Geralmente, são também detentores de grande sabedoria e amantes do meio ambiente. A bondade infinita de Deus programa a reencarnação de espíritos preparados para estes devidos fins e os colocam em culturas e tribos primitivas, no papel de pagés, xamãs, sacerdotes, caciques e curandeiros.
O cacique Seatlle, em sua célebre carta ao presidente dos Estados Unidos, no ano de 1855, deixou-nos um grave alerta para as gerações futuras. Vejamos o que ela diz em alguns trechos:
" (...) Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo.
Cada pinha brilhante, cada praia de areia, cada névoa nas florestas escuras, cada inseto transparente, zumbindo, é sagrado na memória e na experiência de meu povo.
Tudo o que acontece à Terra acontece aos filhos da Terra.
O homem não teceu a teia da vida - ele é meramente um fio dela.
O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo.
(...) Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Vamos ver, de uma coisa sabemos que o homem branco venha, talvez, um dia descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que o podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra; mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida por ele, e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos também vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuas poluindo a tua cama e hás de morrer uma noite, sufocado em teus próprios desejos.
Porém, ao perecerem, vocês brilharão com fulgor, abrasados, pela força de Deus que os trouxe a este país e,  por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será, quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam.
Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça; será o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.



sábado, 6 de novembro de 2010

O corpo espiritual


O espírito, em si, não tem forma definida e transcende a matéria.
É como que uma centelha divina, um "clarão". A origem de todos os espíritos está na Causa Primária de tudo, no Absoluto, em Deus. Para que o espírito possa se manifestar nos planos materiais, desde os mais sutis até os mais densos, como é o nosso caso, ele precisa de "corpos". Para poder se expressar neste nível físico denso, precisa do corpo carnal. Mas entre o espírito, que não tem forma definida,e o corpo físico, existem outros corpos que são intermediários, pois a natureza não dá saltos, tudo é gradativo.
O perispírito é um corpo sutil, que toma a forma humana e pode se apresentar em variados graus de densidade energética. É invisível aos olhos do corpo, mas através da clarividência podemos "vê-lo". As energias que partem das camadas mais profundas do Ser até o corpo físico (e vice-versa) passam pelo perispírito.
Quando vemos um espírito, seja em sonhos ou em estado de vigília, é o perispírito dele que enxergamos.
Hoje, seu corpo mais denso de expressão é o corpo físico. Quando você desencarnar, será através do perispírito que você se manifestará, pois ele não desaparece com a morte do corpo carnal.
Vejamos o que diz O Livro dos Espíritos, obra básica para entendermos a codificação espírita:
"Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal e os seres imateriais o mundo invisível ou espírita, quer dizer, dos espíritos.
O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente de tudo.
O mundo corporal não é senão secundário; poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do mundo espírita.
Os espíritos revestem, temporariamente, uma envoltório material perecível, cuja destruição, pela morte, os torna livres.
Entre as diferentes espécies de seres corpóreos, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos espíritos que atingiramum certo grau de desenvolvimento, o que lhe dá a superioridade moral e Intelectual sobre os outros.
A alma é um espírito encarnado, do qual o corpo não é senão um envoltório.
Há no homem três coisas: 1*- O corpo ou ser material análogo aos dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2*- A alma ou ser imaterial, espírito encarnado no corpo; 3*- O laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o espírito."
Não tenha medo dos espíritos. Você é um espírito. Está encarnado neste corpo e esqueceu que a vida é eterna!
Amigos de outras existências estão te esperando no plano espiritual. Outros encarnaram com você. Não existe castigo eterno, pois Deus é a infinita Bondade.

Por Vitor Rebelo - editor chefe

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Mediunidade e experiências fora do corpo

O espiritismo tem como base a análise científica dos fatos e o raciocínio lógico, ou "a fé raciocinada". Não se resume aos fenômenos mediúnicos. Não podemos ficar presos apenas nas manifestações espíritas; precisamos conhecer, estudar e, mais ainda, vivenciar os ensinamentos contidos na codificação kardequiana e em outras obras.
Se não procurarmos conhecer a fundo os ensinamentos espíritas e apenas ficarmos admirados com os fenômenos, agiremos como um homem sedento que encontrou um copo de cristal cheio de água, mas morreu de sede por se demorar admirando a beleza do corpo.
A mediunidade, trabalha com princípios elevados e altruístas, é como um belo cristal a refletir a sabedoria Divina. Os ensinamentos que os espíritos superiores nos transmitem é a água fresca que a humanidade tanto necessita para revigorar seu espírito sedento de Paz.

As experiências da alma no plano espiritual

Para que o espírito, a essência criadora, centelha divina sem forma, possa se manifestar no universo das energias, das mais densas às mais sutis, ele necessita de corpos.
O yoga, o Budismo, a Cabala, enfim, as mais antigas tradições espirituais têm classificado e ensinado como esses corpos atuam, cada um em seu plano específico, porém, sempre de forma integrada.
O número de corpos com que o espírito se manifesta pode variar de acordo com a doutrina. Mais recentemente, no século XIX, Allan Kardec, junto aos espíritos responsáveis pela codificação, classificou o homem como um ser composto, resumidamente, de: espírito, perispírito e corpo.
O perispírito seria um corpo energético, sutil, que faz a ligação do espírito com o corpo físico. Conforme O Livro dos Espíritos, o perispírito vai se sutilizando, se eterizando conforme a evolução do espírito. Existe ainda o duplo etérico (campo bioelétrico), resultado do metabolismo energético do corpo físico, que se dissolve após a morte deste.

As experiências fora do corpo

A projeção da consciência através do corpo astral (perispírito) para fora do corpo físico é algo natural. Não tem nada a ver com mediunidade. Quase todas as noites nos projetamos, porém, o cérebro apresenta dificuldades para decodificar e registrar lembranças de eventos de quando a consciência está fora do corpo. Por isso, confundimos certas viagens astrais com sonhos.
Com o estudo profundo e a autoconcientização torna-se cada vez mais fácil a lembrança dos eventos projetivos.
Mas qual seria a utilidade disso tudo?
Primeiro: apredermos lições valiosas, não apenas por meio de livros, mas de forma prática, sobre a vida nos planos mais sutis.
Segundo: podermos ser úteis aos nossos semelhantes de forma mais eficaz, doando nosso amor em trabalhos de assistência extrafísica, servindo aos mentores espirituais como humildes auxiliares.
Portanto, a viagem astral e a vivência saudável da mediunidade requerem maturidade espiritual e amor ao próximo, caso contrário, será difícil a sintonia com os nossos espíritos benfeitores. Por isso, para nós, espíritas, "Fora da caridade não há salvação!"

                                                                                                                                                            Vitor Rebelo, editor-chefe

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Enigmas da Obsessão


Entenda este mal, que se apresenta de
várias formas e é constantemente tratado nos centros espíritas e umbandistas


Por Paulo Gustavo Tavares


Há muito tempo a humanidade terrena vem sofrendo males causados pelo que denominamos, hojes em dia, no meio espírita e em alguns movimentos espiritualistas, de obsessão.
Diversas calamidades, coletivas ou individuais, foram percebidas ao longo da história, geradas pela ignorância humana, ou seja, pelo pouco esclarecimento e desenvolvimento, moral e espiritual, fazendo assim, perdurar até e principalmente os dias atuais, o ambiente psíquico-energético nocivo e enfermiço.
Segundo Allan Kardec, no livro A Gênese, item 45, "Chama-se obsessão a ação persistente, que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais". Complementa ainda, em O Livro dos Médiuns, item 237: "... o domínio que alguns Espíritos sabem tomar sobre certas pessoas." Como se vê, a obsessão é algo muito sério e merece grande atenção, principalmente dos espíritas, que pelo esclarecimento que recebem, através das obras codificadas por Kardec e de muitas outras obras, escritas através da bendita via mediúnica e também por eminentes estudiosos, têm condições de erradicar, pouco a pouco, esse mal que aflige a humanidade, através da evangelização (elevação dos pensamentos e sentimentos) do homem e da terapêutica espiritual-desobsessiva.
Podemos encontrar nos evangelhos passagens que mostram claramente o fenômeno obsessivo de espíritos desencarnados sobre encarnados. Adaptando à linguagem da época, iremos encontrar relatos de pessoas que estavam sendo perturbadas e adoentadas pela presença dos " demônios no corpo" ou de espíritos imundos. Hoje, esses " demônios" são chamados pelos espíritas de espíritos perturbadores, sofredores, obsessores, ignorantes moralmente e inferiores. Temos, como exemplo, a passagem registrada pelo apóstolo Lucas, cap.9, v.39, que diz: " Eis que um espírito o toma e de repente clama e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado". E também em Marcos 5:8 e 9, que diz: "(Porque lhe dizia:sai deste homem, Espírito imundo. E perguntou-lhe: Qual é o seu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. " Temos como referência também muitas passagens, que deixarei aqui registradas a título de curiosidade e estudo, a quem interessar: Lucas 8:2; Lucas 13:10-17; Lucas 22:31-34; Marcos 9:18-20; Marcos 9:25.
A obsessão é sempre causada pelas imperfeições humanas e pode ser colocada como sendo " a doença dos últimos tempos". E vários são os motivos que levam as pessoas a se envolverem nesse processo doentio, como, por exemplo, a maior das causas, a falta do perdão, que pode gerar até séculos de sofrimento, quando o motivo de uma inimizade , uma ofensa não é resolvida.
Sobre estes fatos, podemos encontrar exemplos muito mais esclarecedores nas muitas obras de Manoel Philomeno de Miranda pela psicografia de Divaldo Franco, em obras de André Luiz, por meio da mediunidade de Chico Xavier, nas obras da querida médium Yvone Pereira e de tantos outros médiuns, espíritos e estudiosos do assunto. Outro motivo que leva à instalação do processo obsessivo é a própria sintonia vibratória com espíritos de baixo nível espiritual que, em se afinizando com nossos propósitos, objetivos e tendências desqualificadas, buscam permanecer em nossa companhia. Quantos casos obsessivos são tratados nas casas espíritas e umbandistas, onde se verificam inimigos em ligações de ódios e vinganças por diversas encarnações! E quantos e quantos sanatórios e hospícios são superlotados por homens e mulheres, que se encontram em perturbações geradas pela cobrança vingativa de inimigos do passado! Muitas técnicas são utilizadas em casas espíritas e espiritualistas, como o trabalho de desobsessão e a apometria,visando " desmanchar", ou melhor, resolver todo o processo perturbador físico-espiritual, através do esclarecimento e do tratamento, tanto da vítima como do algoz obsessor.

Diferentes tipos de obsessão

Existem obsessões em variados graus e apresentando caracteres diversos, desde uma simples influência moral até perturbações profundas, da mente e do organismo físico, podendo levar o obsidiado ao desencarne. Podemos analisar ainda, obsessões individuais e coletivas, algumas com processos mais simples e outras mais complexas, podendo também haver as que são geradas diretamente, ou seja, tendo o obsessor a vontade de predicar a vítima, mas também as obsessões indiretas, onde não há a vontade de maltratar aquele que sofre as consequências, sendo causada assim, pela simples aproximação de um espírito sofredor, que ao lado do obsidiado, se vê aliviado de suas dores e sofrimentos. Segundo Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, a obsessão se instala em três estágios, tais quais se seguem: obsessão simples, fascinação e subjugação, que estão bem explicadas nesta magnífica obra da codificação, no capítulo XXIII.
Continuando o estudo das obsessões, não podemos deixar de dizer que obsessão não significa apenas a perturbação de desencarnados sobre os encarnados. Vai muito mais além. Existem, nas obsessões, as ações de desencarnados sobre desencarnados; a ação de desencarnados sobre encarnados; de encarnados para desencarnados; de encarnados sobre encarnados - e isso é identificado facilmente quando nós procuramos prejudicar, difamar e se vingar de alguém que nos tenha incomodado por um motivo qualquer, por exemplo, em nosso serviço, na família, etc.; as obsessões recíprocas, ou seja, onde ambos os envolvidos são obsessores um do outro e também, a auto-obsessão, na qual somos nós mesmos os adversários do nosso bem-estar, pois muito nos aprisionamos nas teias dos pensamentos negativistas e pessimistas, que nos sufocam e aprisionam.
Infelizmente, identifica-se por todo o mundo essa enfermidade espiritual, em todos os cantos da Terra, em que encontra terreno fértil para se desenvolver mais e mais com o adubo do negativismo, da impiedade, das paixões, do ódio, do racismo, da ignorância, do sexo desregrado, do desespero, da invigilância, do orgulho e da avareza. Entretanto, apesar de tudo isso, estamos caminhando para o aperfeiçoamento, mesmo que por meio das dolorosas consequências das atitudes e sentimentos semeados ao longo do caminho. E só poderemos libertar essa humanidade da chaga obsessiva quando se abrirem os olhos para enxergar e os ouvidos para ouvir o apelo do mestre planetários para o despertar da consciência.
Jesus ofereceu-nos, para nosso uso, os medicamentos do Evangelho de Luz, receitando-nos o perdão, a compaixão, a espiritualização, a caridade, a felicidade, a humildade, a paz, a luz divina e o maior dos ensinamentos, o pai de todas as virtudes, o Amor incondicional para com todos, libertador de todas as misérias e doenças espirituais que assolam a humanidade, pois o Amor é a manifestação de Deus em toda parte.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Espiritualidade no dia a dia


Acreditamos que somente pelo fato de irmos a um
 centro espírita já somos espiritualizados...Devemos
 praticar a espiritualidade em nosso cotidiano, nas
 atitudes mais simples da vida
                    
Por  Quito Formiga e Paulo Pio

A humanidade é composta por seres espirituais vivendo vidas terrenas. Estamos todos em um aprendizado constante, procurando progredir em bondade, conhecimento e sabedoria, rumo a angelitude, pois esta é a lei.
É na terra que devemos exemplificar e praticar a espiritualidade. A cada nascer do sol somos chamados a espalhar os dons de Deus à nossa volta.
Um ser espiritualizado é aquele que já aprendeu o caminho a seguir e praticar atos de amor, perdão, bondade e realizações no bem onde quer que se encontre. Espiritualidade é enxergar o mundo com os olhos do amor.
Certa feita, Madre Teresa recolheu das lixeiras de Calcutá um mendigo, já às portas da morte. Ela o banhou, alimentou-o e o colocou em um leito limpo e arejado para que ele moresse com dignidade. O pobre homem a tomou pelas mãos e perguntou:
Senhora, qual é a sua religião?
Madre Tereza respondeu com os olhos marejados:
- Minha religião é você!
- E qual é o Deus que a senhora serve?
- Meu Deus é você!
Muitas vezes, confundimos conceito tão sublime com religião, acreditamos que ao visitarmos templos, igrejas ou centros espíritas, como colaboradores ou frequentadores destas instituições, estaremos praticando a espiritualidade que existe em cada um. Breves momentos da semana e estaremos "quites" com a nossa consciência de cristãos ocidentais.
A religião geralmente é um fator de desunião entre as pessoas, enquanto que a espiritualidade nos une em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade.
Devemos praticar a espiritualidade em nosso cotidiano, nas atitudes mais simples da vida. O psicólogo e monge Jack Kornfield, em seu livro Depois do Êxtase, Lave a Roupa Suja (Ed. Cultrix), nos conta que após seu exílio no Tibete, sentiu muita dificuldade em adaptar-se à vida no Ocidente, por causa do nosso cotidiano materialista e insensível. Para não esquecer do que aprendeu, ele passou a utilizar os ensinamentos budistas nas pequeninas coisas da vida: Cantava mantras de compaixão a cada prato que lavava. Fazia orações enquanto esfregava o chão, pedindo para que, além dos pisos, o coração de todos a sua volta ficassem limpos, purificados e inocentes.
"Estar consciente e pleno ao lavar uma louça é mais profundo do que fechar os olhos e passar meia hora repetindo mantras" - Krishnamurti.
Segundo um artigo de revista Bons Fluidos: Atos aparentemente triviais, como pagar contas, ir ao trabalho e levar os filhos à escola, têm relevância espiritual. E estar consciente disso também é um fator de aperfeiçoamento. Mahatma Gandhi nos asseverava que: " Não dá para acertar num departamento da vida e continuar errando em outro. A vida é um todo indivisível".
Numa memorável conversa que teve com o Dalai Lama, o Frei Leonardo Boff deixou-nos lições eternas de como devemos viver nossa religiosidade:
- No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, perguntei ao Dalai Lama, em meu inglês capenga:
- Santidade, qual é a melhor religião? Esperava que ele dissesse: " É o Budismo tibetano" ou "São as religiões orientais, muito mais antigas que o Cristianismo". O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos, o que me desconcertou um pouco, pois eu sabia da malícia contida na pergunta, e afirmou:
- A melhor religião é aquela que te faz melhor.
Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:
- O que me faz melhor?
- Aquilo que te faz mais compassivo, aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião melhor que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...
Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável.
Quando aprendermos a caminhar no mundo agindo no bem, realizando com desprendimento e amor nossas responsabilidades; quando a energia da reforma íntima fluir graciosamente dos nossos corações, nos tornaremos seres espirituais e poderemos dizer, como o apóstolo Paulo de Tarso:
" Não sou eu mais quem vivo, mas Cristo que vive em mim".


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Poder do Perdão



Indultar a falta alheia é amar ao semelhante; o ato contrário ao indulto, por exemplo, a raiva, leva ao esgotamento energético

Por Ricardo Santos






Perdoar significa "remissão de pena, desculpar, indulto, renunciar a punir, misericórdia, clemência, indulgência e conceder perdão", de acordo com o dicionário.
"Perdoar não é esquecer o que nos encheu de raiva. Ao contrário. Perdemos a necessidade de estar ligados a ela. Ficamos livres para ser nós mesmos, sem a obrigação de fornecer respostas" (Lynda Field, 1999,p.100). Diz ainda que, para atingir a libertação, cabe examinar o que nos fere e demonstrar da maneira correta.
Assim, não resta dúvida que perdoar é necessário a nós, seres humanos. Afinal, quem pode afirmar que não necessita de indulgência? Mais ainda: quem não comete equívocos em sua vida? Portanto, perdoar é viver de maneira saudável e admitir nossa condição de falibilidade ante a vida. Jesus perdoou a seus verdugos.
Está escrito: " Infeliz daquele que diz: 'Nunca perdoarei!' Este, se não for condenado pelos homens, certamente o será por Deus. Com que direito pedirá o perdão das suas próprias faltas, se ele próprio não perdoa as dos outros." - (Allan Kardec, 1997, p.116). " O fraco jamais perdoa, o perdão é característica do forte", disse Manhatma Gandhi.
Na atualidade é inegável o avanço do conhecimento científico e como ele nos ajuda a compreender melhor conceito como saúde e doença. Então, se a indulgência é necessária, o que acontece com quem se nega a ela? Há alguma consequência para o nosso bem-estar? Em um artigo de minha autoria ( O bem é alimento do espírito e equiulíbrio orgânico), explico a questão da seguinte forma: quem perdoa, cria em torno de si um halo energético (aura) que promove a estabilidade das forças espirituais que agem na matéria e impedem que as moléstias se fixem no organismo. O ato contrário ao indulto, por exemplo, a raiva, leva ao esgotamento energético do corpo físico, que, por sua vez, favorece a instalação da doença.
Está claro que o perdão promove e colabora para a estabilidade e o equilíbrio das forças presentes no inconsciente. Além disso, perdoar significa, também, a capacidade de amar o outro. Ninguém nega que a misericórdia atrai as forças positivas do universo e que são capazes de transformar as pessoas. Bons pensamentos e sentimentos são importantes para a saúde. Quem perdoa se desconecta do outro, rompe o elo e, por exemplo, pode minimizar e até neutralizar os efeitos de uma obsessão.
Para os que têm fé e creem na mensagem Crística, é bom lembrar que o amor e o perdão são o binômio dos legítimos seguidores de Jesus. Não é a toa que o mais belo dos mandamentos diz: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Portanto, quem ama o próximo, ama a Deus. Logo, fica claro que indultar o outro é fazê-lo a si mesmo. Tem melhor qualidade de vida e boa autoestima  quem é indulgente com a falta alheia. O ato de desculpar influencia na saúde física e espiritual.