quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Caridade em ação


Especial/ Por Marcos Cunha

Ah, caridade! Sentimos o teu pulsar em nossos corações, mas de que nos adianta se te represamos?

Caridade é uma palavra doce aos nossos ouvidos, uma palavra que exprime um sentimento puro e que nos liga a um sentimento ainda maior: o amor.
Mas o que é a caridade? É dar o que nos sobra aos necessitados? É, uma vez por ano, separarmos algumas roupas para os que têm frio? É, uma vez por semana, dedicarmos algumas horas do nosso tempo em uma instituição de caridade, prestando um trabalho voluntário?
Sim, com certeza tudo isso é caridade. Mas ela não é só isso, é muito mais! É um sentimento que devemos perseguir 24 horas por dia. Um sentimento que se faz presente nos momentos que passamos juntos aos nossos familiares, nossos vizinhos, enfim, nossos semelhantes.
A caridade se faz presente nos pequenos gestos: no abraço fraterno e reconfortador; no sorriso meigo e encorajador; no ouvir uma lamentação; nas palavras de apoio; na oração pelo desajustado, pelo enfermo, por aquele que te calunia, por teu inimigo, por aquele que ainda não descobriu o doce sabor da caridade.

Auto amor X egoísmo
Mas antes de tudo isso, existe a caridade para conosco. Sim, a caridade para com nossa saúde, para com este corpo o qual somos apenas inquilinos, a fim de que possamos continuar em nossa jornada evolutiva. A caridade para com nossas faltas do passado, para que com elas aprendamos o significado do trabalho regenerativo.
É importante para o homem se auto avaliar, mas esta avaliação não pode se transformar em auto-punição. Aquele que não tem caridade para consigo próprio, dificilmente a terá para com os seus semelhantes.
Ah, caridade! Sentimos o teu pulsar em nossos corações, mas de que nos adianta se te represamos, se te escondemos de todos que nos cercam?
Trabalhemos então para que possamos perfurar as muralhas da represa do egoísmo, que aprisionam este sentimento derivado do amor, e deixemos jorrar abundantemente em direção dos nossos irmãos em Jesus. E quando nos sentirmos fraquejar perante as dificuldades da incompreensão e da ingratidão, lembremo-nos dos maiores exemplos de caridade de que dispomos.
Lembremos da caridade de Jesus, que veio das esferas crísticas até nós, seus irmãos menores, a fim de nos ensinar o verdadeiro sentido do amor e que foi alvo das maiores e mais cruéis demonstrações de incompreensão e ingratidão por nós mesmos executadas. Lembremos, também, da caridade de Deus, nosso Pai Eterno, que a todo instante coloca à nossa disposição os elementos necessários para nossa evolução, para nossa cura espiritual, para nossa ascensão a planos maiores.
Pai, ajuda-nos a cantar esta melodia suave que ecoa aprisionada em nossos corações, para que todos juntos possamos formar um único coral: o coral da caridade!