sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Cirurgias no corpo espiritual


Como as doenças abalam a estrutura semimaterial
do perispírito? É possível um tratamento energético?

Por Luis Roberto Mattos
Inicialmente, cumpre-me esclarecer que estou chamando de corpo espiritual o que algumas correntes
espiritualistas e esotéricas chamam de corpo astral, e o Espiritimos chama de perispírito. Ora usarei um termo, ora outro. Todavia, para certas correntes, há ainda outros corpos mais sutis, como o corpo mental.
Para o Espiritimos, há generelização do corpo espiritual, que é chamado simplesmente de perispírito, o que englobaria todos os outros corpos energéticos.
Paulo de Tarso chamava o corpo do espírito de corpo espiritual. Como tratarei apenas do corpo que mantemos logo após a morte física, que é o corpo astral, não tem importância prática  fazer qualquer distinção, pois o corpo astral faz parte e integra o que genericamente alguns chamam de corpo espiritual e perispírito.
Assim, falaremos de cirurgia no corpo astral (corpo espiritual ou perispírito). Não nos esqueçamos do processo de "involução" ou envolvimento do espírito em matéria cada vez mais densa, da mais sutil até a chamada matéria física.
No processo que antecede a encarnação, ou reencarnação, passamos por um procedimento de perda da matéria astral, de perda do corpo astral, ou perispírito. Entramos no que alguns chamam de "sono da alma", em uma câmara reencarnatória, na qual passamos por um processo de miniaturização.
Há perda temporária de consciência e perda de memória (esquecimento do passado), lembrando a morte física.
Quando somos ligados à célula-ovo no útero materno, inicia-se o processo da reencarnação.
A partir desse momento, na medida em que o organismo físico - o feto - vai crescendo, com a multiplicação celular, o duplo etérico vai também se formando.
O espírito miniaturizado, e sem corpo astral, vai ganhando, aos poucos, não apenas um novo corpo físico, mas também, concomitantemente e na mesma proporção, um corpo etérico, ou duplo etérico.
Da mesma forma que o duplo etérico não é um corpo diáfano, transparente, como o Gasparzinho, o corpo astral não é "fantasmagórico". Não é um corpo transparente, como uma névoa.

Repercussão energética

Após o desencarne, os espíritos normalmente mantêm o corpo astral com a mesma aparência, por algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, mantendo, inclusive, as deformidades físicas, as doenças, os ferimentos de bala, acidentes, etc.
Pode parecer estranho que isso aconteça, mas é o que temos lido em livros variados há mais de 30 anos, temos visto no plano astral em nossas vivências através da projeção, e ainda temos visto em reuniões mediúnicas durante anos a fio.
Na maioria das vezes, espíritos de evolução mediana que desencarnam com doenças como câncer, por exemplo, deixam o corpo ainda doentes, necessitando de um tempo de tratamento em hospital no mundo espiritual. Da mesma forma, se um espírito de evolução mediana perde a vida física por causa de um tiro, uma facada ou um acidente, levará um tempo vendo o ferimento, sentindo dor, vendo o sangramento, e precisará de cirurgia e tratamento. Muitos são levados logo após a morte para hospitais nas cidades espirituais, mas também há muitos que não têm condição vibratória para isso, e por isso ficam internados em postos médicos em regiões escuras, como o conhecido umbral, como relatam vários livros de André Luiz.
As cirurgias no duplo etérico são sempre feitas no plano físico, normalmente através de médicos desencarnados, incorporados em médiuns encarnados, e usando algum instrumento que serve apenas para "arranhar" a epiderme. Já as cirurgias no corpo astral normalmente são feitas estando o desencarnado no mundo espiritual. E nesses casos, normalmente o médico é desencarnado também.
Todavia, um encarnado pode também operar um espírito desencarnado, estando este último em um hospital no mundo espiritual, para onde é levado o médium projetado (desdobrado), sendo feita uma ligação energética entre o corpo astral do médium e o corpo astral do espírito desencarnado a ser operado, e a cirurgia é feita por outro encarnado que se encontra numa sala de reunião mediúnica, junto ao corpo do médium, e através dele, o encarnado que vai operar vai recebendo instruções sobre a cirurgia. Essas instruções podem ser dadas pelo próprio paciente desencarnado, e transmitidas através do corpo do médium, ou então pelo próprio médium, que está em outro ambiente, no plano astral, projetado. As informações para a cirurgia podem, ainda, ser dadas por um desencarnado incorporado em outro médium presente no ambiente físico (sala mediúnica).
Esse é um novo tipo de cirurgia com o qual passei a conviver semanalmente em meu grupo mediúnico. Trata-se um processo de aprendizado e experimentação implementado pela equipe espiritual, e com o qual somos forçados a estudar mais o corpo humano e desenvolver nossas potencialidade e percepções, pois fazemos a cirurgia com os movimentos direcionados ao corpo físico do médium, mas, na verdade, estamos operando o corpo espiritual de um desencarnado que  sequer está no mesmo ambiente. Ainda não dá para entender perfeitamente o processo para passar adiante.
Os encarnados que operam os desencarnados dessa forma certamente já tiveram experiência médica em outra vida, ou pelo menos experiência de abrir o corpo humano depois de morto, como faziam os sacerdotes egípcios no processo de mumificação. Muitos de nós, inclusive eu, tivemos essa experiência.
O que fazemos agora é um exercício de buscar no mais profundo de nosso subconsciente os conhecimentos que nos permitem fazer cirurgias no corpo astral dos desencarnados.
Podemos pensar da seguinte forma: Se um espírito desencarnado pode fazer tais cirurgias, por que um espírito encarnado com conhecimento não poderia?
Foi exatamente um espírito desencarnado, de nossa equipe médica desencarnada, quem nos disse que todos nós podemos fazer isso. Então, é só acreditar, estudar e fazer!
No início, é um grande exercício de imaginação, mas o resultado vai sendo confirmado pelos desencarnados incorporados que acompanham tudo. E depois vai virar rotina, com a experiência do grupo e a perda do medo.
O corpo astral é igualzinho ao corpo físico.

Perispírito e doenças

Em obras de André Luiz há descrições de procedimentos de auscultação dos batimentos cardíacos e do pulmão, de sentir a pulsação, olhar a garganta inflamada, etc., tudo como faz um médico na Terra. Mas ele está falando disso em relação ao corpo astral de desencarnados em hospitais do mundo espiritual, o que mostra a "materialidade" do corpo espiritual, e ainda mostra que ele é realmente igual ao corpo físico, não apenas um campo energético vago e transparente. Espíritos chegam à sessão mediúnica dizendo que estão sangrando, com um profundo corte em uma parte do corpo, ou com uma flecha atravessada na garganta, ou uma bala dentro do corpo, e isso é real mesmo. E eles falam em dor, e muitas vezes é preciso aplicar um anestésico nele, seja energeticamente, com um passe, seja por meio de uma injeção, que imaginamos, mas que ele sente o efeito.
Muitas doenças nascem na mente, ou no "coração", devido a desequilíbrios de pensamentos, emoções e sentimentos. É a insatisfação com algum aspecto da vida, a infelicidade, o estresse permanente, a mágoa velha guardada, o ressentimento, etc., que fazem a pessoa adoecer de dentro para fora.
A doença, nesse caso, começa na mente ou nas emoções e sentimentos, e vai "descendo". A somatização se inicia pelo corpo astral e, depois, "desce" para o duplo etérico; por fim se somatiza no corpo físico, que pode ser em forma de câncer, por exemplo.
Nesse caso, podem ser feitas cirurgias no duplo etérico, com repercussão no físico, mas o efeito é apenas temporário. Se a pessoa não mudar o seu padrão mental, emocional, sentimental e psicológico.
Pode ser feita uma cirurgia no corpo espiritual. O efeito nesse caso é uma duradouro, porque no corpo físico.
Nenhuma cirurgia relacionada com doenças "que vêm de dentro" tem efeito mágico e absoluto se a pessoa não mudar o seu padrão espiritual interno.

Cirurgias espirituais

As cirurgias funcionam mais nos casos de doenças superficiais, ou em casos de acidentes, deformidades físicas, defeitos congênitos, etc.
Precisamos deixar de ver o corpo astral como um "corpo fluidico", "corpo energético", "corpo sutil", "corpo emocional", "corpo de desejos", etc., expressões vagas que ultilizamos, mas que, na verdade, não dizem nada, não retratam a verdadeira natureza desse corpo, que- para um espírito com evolução próxima à nossa- é tão material quanto nosso corpo físico agora é para nós.
Em minhas experiências fora do corpo, que se iniciaram em 1978, mas, sobretudo, de 2006 para cá, tenho sentido cada vez mais a materialidade do corpo astral, sentindo o tato nesse corpo da mesma forma que sinto em relação ao corpo físico. Sinto a pele, a carne, o calor do corpo, o cabelo e tudo o mais do corpo astral.
Pego e abraço um desencarnado como faço com um encarnado, estando eu fora do corpo, é claro. E da mesma forma, quando encontro um encarnado projetado como eu, sinto a sua materialidade também.
Todas as obras de André Luiz e de Robson Pinheiro nos dão exatamente essa sensação de materialidade do corpo astral, mostrando os desencarnados sentido cansaço, fome, sede, sono, necessidades sexuais, vontade de beber, etc. Há espíritos que dormem, que comem, que tomam banho, que fazem sexo, etc., no mundo espiritual. Então, como dizer que esse corpo que eles possuem é "fluidico", de modo a dar a entender que o corpo deles é algo transparente e nebuloso como o corpo do Gasparzinho?
O corpo astral é semimaterial. Mas, a matéria da qual ele é formado é diferente da matéria que constitui o corpo físico. Por isso, as cirurgias no corpo astral são tão reais para um espírito quanto é real para nós quando feitas em um hospital no plano físico.
Muitas doenças nascem na mente ou no "coração", devido a desequilíbrios de pensamentos, emoções e sentimentos.

Características básicas do duplo etérico

O duplo etérico é a reprodução exata do corpo físico do homem e se distancia ligeiramente da epiderme, formando uma cópia vital e de idênticos contornos. Apesar dele ser um corpo invisível aos olhos carnais, apresenta-se aos videntes e aos desencarnados como uma capa densa e algo semimaterial. De aparência violeta-pálida ou cinza-azulada, o duplo etérico, em condições normais, estende-se cerca de 6 mm além da superfície do corpo denso correspondente.
As energias que entram no organismo físico, como o fluido vital, passam pelas regiões do duplo etérico responsáveis pela absorção e circulação destas: os centros de força conhecidos como chakras. Os chakras do duplo etérico são temporários, durando o tempo que este existir, ao contrário dos chakras perispirituais, que são permanentes.
Cada chakra conta com uma localização e função principal, correspondente a uma região de plexos nervosos do corpo físico. São sete os principais chakras, ligados entre si por condutos conhecidos como meridianos, por onde flui a energia vital modificada pelo duplo etérico.
O duplo etérico acusa de imediato qualquer hostilidade ao corpo físico e ao perispírito, através dos centros sensoriais correspondentes na consciência perispiritual e física. O perispírito, por sua vez, como um equipamento de atuação nos planos sutilíssimos do espírito imortal, ao manifestar seu pensamento, seus desejos ou sentimentos em direção à consciência física, também obriga o duplo etérico a sofrer os impulsos bons e maus, tal qual os espíritos desencarnados quando atuam no mundo oculto, inclusive, acusando aos sentidos físicos os ataques dos espíritos malfeitores.
Algumas emoções afetam o duplo etérico em sua tarefa de medianeiro entre o perispírito e o corpo físico. No entanto, quando submetido a impactos agressivos do perispírito perturbado, o duplo etérico baixa seu tom vibratório, impedindo que os raios emocionais que descem da consciência perispiritual afetem o corpo carnal, promovendo uma espécie de barreira vibratória.