domingo, 8 de dezembro de 2013

Educação e paz social

Novamente quero tratar, no editorial, da questão da paz social. Enquanto vemos tanta intolerância e violência, vale a pena refletir como devemos agir se quisermos mudar a situação atual.
Acredito que nossa sociedade, em geral, está passando por um grande momento de crise e confusão na área de relacionamentos humanos. É claro que dificuldades de relacionamento e convivência existem há milhares de anos, porém, hoje, contamos com o globalização sócio cultural e mecanismos de comunicação que agravam e espalham determinados conceitos e valores humanos deturpados com força e rapidez nunca antes alcançados em nossa coletividade planetária.
A TV e a Internet, que atualmente são os maiores meios de comunicação, têm conquistado uma influência cada vez maior na educação - neste caso, na geração de valores - das crianças e adolescentes. Os filmes e programas refletem a baixa sintonia espiritual que a maioria de nós ainda vive. Claro que existem as poucas exceções.
Muitos pais, preocupados com a educação de seus filhos, não sabem o que fazer diante deste universo chamado Internet; outros, ficam perdidos quando surge uma gravidez na adolescência; existem queles que vivem em constante ansiedade e preocupação quando seus filhos saem às ruas, ameaçados pela violência de uma sociedade desigual; muitos procuram psicólogos ou apelam para a punição ao menor sinal de que o adolescente é usuário de drogas... enfim, o desafio em educar uma criança, hoje, se torna mesmo desanimador para muitos casais.
O que fazer? Precisamos entender que educar não é apenas instruir.
Instruir é a função principal da escola; preparar o aluno para ingressar em um universo competitivo, exigente. Além disso, a escola deve colaborar com a educação, percebendo e trabalhando na criança seus potenciais ocultos, tratando cada uma delas como um ser humano diferente, em vez de tentar criar um grupo homogêneo, aniquilando os talentos individuais.
Porém, educar é o papel principal dos pais; preparar a criança e o adolescente para viver de forma solidária, respeitando seus semelhantes. Mostrar à criança que só é possível viver em harmonia quando todos os seres humanos forem tratados com o mesmo respeito. É mostrar a real importância do " Amai-vos uns aos outros" e, principalmente, desenvolver na criança e no jovem a autoestima e o respeito próprio.
Entendemos que o relacionamento com um filho começa antes do reencarne dele, porém, principalmente a partir do nascimento é muito importante o afeto e o diálogo com o recém-nascido. E este carinho e diálogo deve ser aprofundado na fase infantil, onde o espírito reencarnante está muito mais aberto a uma nova educação de valores. E é justamente no namoro da adolescência onde ele começará a expressar os valores assimilados na infância. Um adolescente que conhece o valor do respeito, saberá refletir isso no namoro e, consequentemente, terá mais maturidade para construir uma família.
É construindo uma família com sólidos alicerces éticos, mais do que morais, que poderemos possibilitar a cura espiritual, não apenas nossa, mas de toda humanidade.
Que possamos aceitar nossas diferenças, a individualidade de cada um, lembrando que, por outro lado, comungamos de valores e anseios comuns a todos. Que possamos viver em paz!


                                                             Por Victor Rebelo, editor-chefe