terça-feira, 20 de outubro de 2015

Mensagens de entes queridos desencarnados


Solidão. Dor. Um terrível sentimento de perda. Depressão. Falta de ânimo para continuar a viver. Esses são apenas alguns dos sintomas que se apresentam naqueles que "perderam" uma pessoa muito querida. Amor ou apego doentio? Quem de nós poderá julgar com clareza os dramas e conflitos da alma humana?
Para quem está passando pelo doloroso momento do luto, a doutrina espírita oferece um verdadeiro manancial de luz. Apresenta explicações lógicas e fundamentadas em fatos verificáveis sobre a vida após a morte e a reencarnação, acompanha as exortações evangélicas quando nos recomenda amarmos a humanidade inteira como nossa família e ainda nos abre a possibilidade real de recebermos alguma mensagem do Além,através das chamadas comunicações mediúnicas, como a psicografia e a psicofonia.
O centro espírita deve oferecer este tipo de atendimento?
Para mim, este tipo de trabalho é muito positivo, mas também pode se tornar negativo. Analisemos ambos os lados.
O aspecto positivo é que, além de oferecer consolo, as famosas mensagens psicografadas têm o poder de despertar a atenção de muitas pessoas, que passam, em um segundo momento, a se interessarem pela doutrina espírita.
As mensagens de consolo podem trazer alívio não apenas para os encarnados que estão sofrendo pela morte de um ente querido, mas também para o próprio espírito desencarnado, pois muitas vezes ele também sente muita necessidade de se comunicar com seus afetos que ficaram aqui na Terra.
Além disso, aquele que está sofrendo demais pela perda da pessoa amada pode atrapalhar, de forma não-intencional, na recuperação do espírito no plano espiritual. Isso ocorre porque quando focamos nosso pensamento em um ente querido que desencarnou, potencializando esta ideia fixa com nosso sofrimento, emitimos nossas energias desequilibradas diretamente a ele, ao mesmo tempo que o chamamos, mentalmente, sem cessar. Este é um dos motivos pelos quais muitos espíritos ficam dormindo durante dias, em algum hospital extrafísico (do plano espiritual). É para evitar que eles recebam a carga psicoemocional e energética dos que estão encarnados.
Claro que nenhum pai, mãe, etc.faz isso conscientemente...
Portanto, este tipo de comunicação mediúnica obtida em alguns centros espíritas pode minimizar o sofrimento de ambos os lados e ajudar os encarnados a superarem o luto. Mas isso nem sempre ocorre. Muitas pessoas ficam "correndo de centro em centro", atrás de mais notícias que nunca as satisfazem. Esquecem-se de que o sentimento é o meio mais elevado e direto para entrarmos em contato com os espíritos. Não sabem que podem se encontrar com seus entes queridos desencarnados por meio das experiências fora do corpo (emancipação da alma), que ocorrem durante o sono.
Se o centro espírita não possui estrutura espiritual e um corpo mediúnico realmente preparado para essa tarefa, vemos o desabrochar da vaidade, de melindres, da ganância, competição, etc., da parte dos médiuns.
Além disso, hoje em dia, os centros fazem uma ficha com tantas informações sobre o espírito desencarnado e "psicografam" mensagens tão genéricas e impessoais, que acabam trazendo mais descrença do que fé naqueles que buscam as mensagens mediúnicas.
Por isso, cada diretoria de centro espírita deve refletir muito se deve desenvolver este tipo de atendimento em sua casa, se tem estrutura moral e mediúnica suficientes.
Paz e luz!
Por Victor Rebelo

terça-feira, 13 de outubro de 2015

7º Informativo da Casa Espírita Raio de Sol

          Sempre com o compromisso de mante-los informados sobre todas as ações da CERS, trazemos a vocês nossos irmãos nosso informativo de número 5 de Outubro de 2015. Reiteramos o convite a acompanhar-nos via online ou visite-nos em nossa casa sito a Rua Professor Leopoldo Freiberger, 793, Centro, Biguaçu. Estaremos sempre a disposição de nossos irmãos. Fiquem todos na paz do Pai.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O espírito e as ondas cerebrais


Entendo que o corpo espiritual se une ao físico através da frequência cerebral (mente), em consonância com o que chamo, por analogia, de "frequência consciencial"


          Em uma morte cerebral não há ondas cerebrais. O psicossoma (perispírito) não tem, então, sua principal ligação. A tendência é se soltar, aos poucos, começando a se posicionar mais de acordo com a sintonia "espiritual" do que com o local em que o corpo físico está.
Entretanto, pode haver resíduos ectoplásmicos ou mesmo apegos psíquicos que modifiquem ou adiem essa regra. Daí a importância do trabalho de projeção, dos amparadores e, principalmente, da nossa própria boa sintonia e valores pós-morte, facilitando o desenlace.
Ainda no caso de morte apenas cerebral, quando o coração continua a bater, há bioenergias envolvidas que aumentam ligeiramente a adesão do psicossoma ao corpo, mas não a ponto de reter quem tenha boa sintonia ou amparo, caso contrário, sequer sairíamos do corpo ou sonharíamos todas as noites. Ou seja, o fato do corpo continuar "vivo" (como um vegetal) só manteria um pouco mais aqueles que estivessem muito apegados ou que precisem voltar (experiências de quase-morte).
          Por coerência ao que estudei dentro e fora do corpo, e tomando como base o paradigma espiritualista mais comum a todos os projetores, entendo que o corpo espiritual se une ao físico através da frequência cerebral (mente), em consonância com o que chamo, por analogia, de "frequência consciencial".
Me parece que (salvo poucas excessões de yogues e casos raros de meditação) sempre que essas ondas cerebrais estão muito mais ativas que o grau de consciência, temos o psicossoma (corpo espiritual) preso aqui. E sempre que ocorre o contrário, temos um estado alterado de consciência, às vezes com facilidades mediúnicas e/ou projetivas.
          Na prática é simples, embora nunca tenha visto isso publicado até aqui. Vejamos algumas hipóteses para esclarecer melhor:
 
a) Você está acordado, ondas cerebrais (as do eletroencefalograma) em frequência mais alta (beta). Sua consciência também está mais ativa. Há coincidência de padrões, você está dentro do corpo e lúcido.

b)Você está dormindo e as ondas cerebrais diminuíram (ondas teta, ou fase REM). Sua consciência também caiu para níveis oníricos (sonhos). Você tende a ficar perto do corpo.

c) Você está "morto" já há anos, ondas cerebrais zeradas, corpo devolvido à terra. Sua consciência continua viva. O espírito, quando não há apego, está em outro lugar.

d) Seu corpo começa a cochilar numa palestra ou meditação (ondas cerebrais caem), mas o professor ou a música lhe chamam e você tenta manter a atenção( consciência um pouco maior).
Os estados não são mais iguais, e você entra em "estado alterado", muitas vezes tendo a sensação de que "caiu de volta" na cadeira, como se já começasse a flutuar.

e) Você dorme profundamente (ondas delta), o corpo está todo estático (quase ausência de ondas cerebrais para movimentar músculos), mas, de repente, nos vemos lúcidos, percebendo o quarto e o que estiver nele. Ondas cerebrais lá embaixo, consciência lá em cima. Entramos em estado alterado, começamos a sair do corpo e temos a sensação de que não conseguimos mover mãos, pés, nem abrir os olhos (embora já enxerguemos tudo ali), nem gritar por socorro. Este fenômeno, conhecido como catalepsia projetiva, ocorre porque houve descoincidência de ondas cerebrais e conscienciais.

f) A pessoa entra em coma e fica neste estado por alguns dias. Neste período, suas ondas são quase zero, próximas à morte. Mas, durante estes dias, a consciência do espírito vaivém, e qualquer consciência terá mais "frequência consciencial" ali do que as "ondas cerebrais" quase ausentes. Assim, quando a pessoa acorda, relata ter visto operações dos médicos, visitado outros quartos e, às vezes, até ter saído andando por dias vivido em um lugar próximo (no físico mesmo) que depois comprovou existir!

g) O corpo está dormindo, ondas cerebrais baixas, mas a pessoa está um pouco consciente. Temos um sonho lúcido, com possibilidade de sair do corpo.

h) O corpo está dormindo, ondas cerebrais baixas, mas a pessoa está muito consciente, até mais que na vigília. Temos então uma projeção astral, uma experiência fora do corpo, e quem as tem relata evidências de consciências extrafísicas, habitando o que parece ser um "mundo" espiritual, e mais provavelmente "o" mundo real.

          E assim por diante, não sendo necessário fazer todas as outras combinações. O curioso é que, se este estudo estiver certo - como tudo leva a crer que está -, nos traz três conclusões polêmicas lógicas e óbvias para aqueles que admitem o paradigma espiritualista-reencarnacionista, mas que não necessariamente condizem com o credo de algumas religiões.

Falta de Ondas Cerebrais

          Em casos de crianças anencéfalas, não havendo cérebro ou ondas cerebrais, conclui-se não haver espírito diretamente associado, pelo menos não como em nossa forma de vida físico-espiritual. Se os laços afetivos sugerirem haver alguma presença de consciência, esta talvez se dê por proximidade, "acoplamento áurico", mas não por uma verdadeira e sólida "encarnação".
Em caso de morte cerebral, não havendo ondas cerebrais, não se justificaria a manutenção ad-eternum do corpo físico visando preservar o espírito, uma vez que, sem as tais ondas, este tampouco estaria lá. Deixar o corpo descansar, neste caso, seria até mais útil evolutiva e espiritualmente, eliminando a possibilidade de apego físico do (já) desencarnado, e psíquico dos parentes.

Em casos de abortos

          Como o cérebro do feto só atinge um desenvolvimento que permita ondas cerebrais a partir de, em média, 40 dias ou pouco mais, conclui-se que em caso de aborto antes de 30 dias de fecundação, pode até haver um atentado contra a possibilidade de vida ou complicações psíquicas/obsessivas com antigos familiares ou mesmo desafetos que voltavam, mas isso não se caracteriza como um assassinato típico, como pregam algumas religiões. Primeiro porque a adesão do tal espírito não pode ter se dado em termos encarnatórios sem as ondas cerebrais;segundo, porque ninguém mata um espírito, especialmente quando este nem está no corpo.
          Note que pode haver uma ligação por proximidade, uma vez que sensitivos, às vezes, já sentem a presença da criança junto à mãe mesmo antes da fecundação, incorrendo no que chamamos de karma (ação e reação), e não justificando abortos. Apenas ressalto que, à luz do bom senso e da evidência das ondas cerebrais, há abortos e abortos, e nem sempre são como as tradições e culpas religiosas querem fazer parecer.

Lázaro Freire desenvolve um trabalho
de psicoterapia clínica, embasada em
Psicanálise, Filosofia, Neurociências e
jung, dialogando com paradigmas
espiritualista e transpessoal.