terça-feira, 3 de abril de 2012

As crianças e a educação de valores

Percebemos que nossa sociedade, de modo geral, está passando por um momento de crise e confusão na área dos relacionamentos humanos. É claro que este tipo de crise existe há milhares de anos, porém, hoje, contamos com a globalização sócio-cultural e mecanismos de comunicação que agravam e espalham determinados conceitos e valores humanos deturpados com força e rapidez nunca antes alcanças em nossa coletividade planetária.
Os programas de TV- há raras excessões - não instruem e nem educam. Refletem a baixa sintonia espiritual que a maioria de nós ainda vive.
Muitos pais, preocupados com a educação dos filhos, não sabem o que fazer diante do universo chamado Internet; outros, ficam perdidos quando surge uma gravidez na adolescência; existem aqueles que vivem em constante ansiedade e preocupação quando seus filhos saem às ruas, ameaçados pela violência de uma sociedade desigual; muitos procuram psicólogos ou apelam para a punição ao menor sinal de que o adolescente é usuário de drogas... enfim, o desafio em educar uma criança, hoje, se torna mesmo desanimador para muitos casais.
O que fazer? Precisamos entender que educar não é apenas instruir. Instruir é a função principal da escola. A maioria delas, infelizmente, procura apenas preparar o aluno para ingressar em um universo competitivo, exigente, mas, muito além disso, a escola deve colaborar com a educação, percebendo e trabalhando na criança seus potenciasis ocultos, tratando cada uma delas como um ser humano diferente, em vez de tentar criar um grupo homogênio, aniquilando os talentos individuais.
Educar é o papel principal dos pais; desenvolver o caráter e inspirar valores éticos, preparando a criança e o adolescente para viverem de forma solidária, respeitando seus semelhantes; mostrar à criança que só é possível viver em harmonia quando todos os seres humanos forem tratados com o mesmo respeito. Isso tudo é mostrar a real importância do "Amai-vos uns aos outros".
É muito importante o afeto e o diálogo com o recém-nascido.
Mas este carinho e diálogo deve ser aprofundado na fase infantil, onde o espírito reencarnante está muito mais aberto a uma nova educação de valores, e é justamente no namoro, na adolescência, onde ele começara a expressar os valores assimilados na infância. Um adolescente que conhece o valor do respeito saberá refletir isso no namoro e, consequentemente, terá mais maturidade para construir uma família. E é construindo uma família com sólidos alicerces morais que podemos possibilitar a cura espiritual, não apenas a nossa, mas de toda humanidade.
A família é a base da educação. Não vamos deixar que a sociedade imponha seus valores sobre nosso filhos. Mostre para a criança as coisas boas da vida, seja na arte, na ciência... na espiritualidade.
Nossos filhos não são nossos. São espíritos que a vida nos confiou para que possamos amadurecer juntos!

                                                                           Victor Rebelo, editor-chefe