segunda-feira, 27 de maio de 2013

Conectoma: mapa da alma?

Recentemente, uma notícia ganhou destaque na mídia; trata-se das pesquisas científicas realizadas na tentativa de se mapear a rede neural (o conjunto das ligações entre os neurônios) do cérebro. Esse mapa seria o conectoma, termo criado em 2005, por Olaf Sporns, professor da Universidade de Indiana - USA.
Sebastian Seung, um dos cientistas líderes envolvidos no projeto, explicou em uma palestra à TED (fundação privada sem fins lucrativos dos Estados Unidos, conhecida por suas conferências destinadas à disseminação de ideias - www.ted.com) que parte dessa rede neuronal é definida pelo nosso DNA; outra parte é definida conforme nossos pensamentos e emoções, ou seja, conforme nossas experiências.
Portanto, se analisássemos em detalhes, veríamos que cada pessoa possui um conectoma único, inigualável, pois cada um de nós tem uma história de vida única. Ao mesmo tempo, essa rede neural não é estática. Ela passa por mudanças, conforme mudamos, ao longo da vida, nossa maneira de pensar e sentir. Portanto, ao longo da vida criamos ou reforçamos certas sinapses (pontos de comunicação entre os neurônios), enquanto enfraquecemos outras.
Com relação à memória, não se sabe, ao certo, onde ela ficaria armazenada no cérebro. Uma das teorias diz que nossas experiências ficam gravadas justamente neste fluxo que passa por nossa rede neuronal, ou. para ser mais exato, na combinação de impulsos eletroquímicos transmitidos de uma célula cerebral para outra.
Mapear o conectoma nos permitirá decifrar muitos enigmas da mente humana, desde as questões mais simples às mais profundas, como as que envolvem a fé e o amor. Além disso, antes mesmo de completarmos o mapeamento de todo o conectoma, poderemos, afirmam os cientistas, usufruir dos seus benefícios no diagnóstico objetivo de doenças mentais.
Hoje, com a tecnologia que temos, os cientistas levariam séculos para completar - considerando que isso seja possível - o mapeamento. Mas, soluções e inovações nas pesquisas têm sido encontradas, o que tem dado um novo fôlego às pesquisas.
Mas o que me motivou a escrever este editorial foi o fato de ter sido publicado, em um artigo da revista Veja, que as imagens do conectoma revelariam a origem biológica do pensamento e das emoções. Bem... do ponto de vista biológico, talvez essa hipótese esteja correta. Porém, no final do artigo, a jornalista afirma - por conta própria - que "a longo prazo, a compreensão completa das ligações e da lógica de funcionamento do conectoma será suficiente para explicar conceitos 'etéreos' como a mente e alma."
De acordo com a visão espírita, a origem dos pensamentos, emoções e sentimentos estaria na alma, no espírito. Existe, hoje, comprovação científica disso? Não. Mas, temos grandes evidências que tornam essa teoria bastante plausível. Quem se interessar, pode começar se informando sobre as pesquisas realizadas por Willian Crookes e Allan Kardec, no século XIX. Além disso, como podemos ter certeza de que o mapeamento do conectoma poderá desvendar o mistério da mente e da alma? A ciência ainda não aceita, mas também não explica, satisfatoriamente, as psicografias de Chico Xavier, assim como não prova o que são, na verdade, as chamadas Experiências de Quase-morte -EQM.
Portanto, temos que ter cuidado em aceitar certas teorias, vindas tanto da ciência quanto de doutrinas espiritualistas, inclusive, do próprio Espiritismo. Penso que o correto é termos uma postura investigativa, questionadora, como aconselhou Allan Kardec.

Por Victor Rebelo, editor-chefe RCEspiritismo

sábado, 18 de maio de 2013

Envoltórios e viajantes espirituais


Especial/ Por Wagner Borges

Cada criatura movimenta-se ao sabor das aragens divinas cheias de vida e amor, respirando a essência sutil que lhe dá subsistência vital.
Viver é respirar essa luz! Se a criatura é encarnada ou desencarnada, qual é a diferença?
Excluindo-se o corpo denso, a essência espiritual é a mesma. Revestida de envoltórios densos ou sutis, o espírito provém da mesma essência eterna.
O perispírito (também conhecido como psicossoma, corpo astral, etc.) também "respira", por intermédio de seus poros espirituais e chacras específicos. Apenas não depende do oxigênio, elemento vital somente para a sua vestimenta corpórea. Veículo quintessenciado, nutre-se vibracionalmente na luz sutil de forma automática.
Mesmo enredado na matéria densa, o corpo sutil está sintonizado nas aragens espirituais que lhe são peculiares e naturais. Ele respira luz, mas não da mesma maneira que o corpo denso. Sua natureza extrafísica lhe confere condições vibráteis de difícil descrição para o plano físico. É dotado de um dinamismo incessante e seu padrão vibracional é leve. Veículo preparado milenarmente para o trânsito do espírito pelas dimensões astrais durante a ascese evolutiva, o perispírito detém recursos energéticos apropriados para sua tarefa de intermediário entre a mente superior e o corpo carnal. Ele respira luz, mas para o observador externo, essa atividade é imperceptível. No entanto, seus centros de força pulsam na frequência extrafísica correspondente.
O corpo físico respira o ar para extrair a vida, o sopro vital. O psicossoma respira o sopro vital direto, sem limitações. Por este motivo, determinadas práticas respiratórias são excelentes para o equilíbrio psicofísico, pois harmonizam as vibrações, tanto do veículo denso quanto do veículo sutil.
Uma das chaves da projeção consciente é a harmonização dessas vibrações, onde o corpo denso nutre-se de uma vitalidade calma enquanto o corpo sutil pulsa os seus chacras com leveza e aspira às aragens extrafísicas correspondentes.
O estudante espiritual deve atentar para esses detalhes em suas práticas energéticas, projetivas, mediativas ou mediúnicas.
Meditando nesses aspectos, talvez consiga perceber o imenso manancial de luz a seu dispor. Talvez descubra o tesouro luminoso enterrado que andava procurando e que sempre esteve ao seu alcance.

Espontaneidade
É essencial saber harmonizar as próprias energias.
Durante uma prática espiritual, sentado ou deitado, tornar-se quieto, corpo e alma harmonizados na luz. Os pensamentos voltados para o Alto, mas sem tensões. Que seja espontâneo, natural e sem pressões mentais.
Pensar no psicossoma como um corpo de luz que respira por todos os poros e, gradativamente, nutre-se de leveza e contentamento. Respirar a luz e agradecer pela vida.
Dançar com a vida, na Terra ou no astral, é viver. A sabedoria está nisso!"Quem quer viajar na luz, que se nutra de luz!"
Há muitos incautos querendo viajar espiritualmente, mas portando trevas em seus anseios. Como querem chegar aos reinos angelicais se seus propósitos são obscuros?
A luz não cede aos impulsos violentos e nem aos rompantes de ego. Atitudes espalhafatosas, lamentos descabidos, manifestações histriônicas e posturas incongruentes fecham os acessos aos portais diamantinos.
Pretender viajar na Luz com o coração cheio de mágoas e a consciência repleta de dardos vingativos é o mesmo que arremeter deliberadamente a cabeça em uma parede de granito. No entanto, há hordas de tolos arremetendo-se cegamente a todo instante em direção às paredes de suas próprias trevas conscienciais.
Falando diretamente e sem deixar margem a qualquer outra interpretação, podemos dizer que tais pessoas são viajantes trevosos em si mesmos. São incapazes de perdoar, mas querem viajar na Luz com toda sua arrogância.

O Poder da Luz
Tolos! A Luz não tolera viajantes orgulhosos e maldosos. Porém, ela esperará que eles se cansem de bater a cabeça nos muros de suas confusões. Até lá, os guardiões dos portais diamantinos continuarão repelindo suas investidas inglórias. Em seus fracassos constantes, estarão os germes da vitória da Luz sobre suas trevas egoicas.
São tolos, mas a Luz esperará o momento certo para auxiliá-los. Quando eles romperem o manto de trevas que envolve seus objetivos, ela se manifestará em seus corações.
São viajantes das trevas, mas estão com dor de cabeça! Essa dor os perseguirá, vida após vida, como paredes cármicas precisas.
É paradoxal e poético ao mesmo tempo: sua dor será sua cura; suas paredes serão suas professoras; na dor, a esperança de alívio é a necessidade de descobrir novos rumos; aguardando no fundo dessa dor e em meio às paredes está a Luz.
Atualmente, os seus propósitos são doentios, mas ela os esperará. A dor os incomodará e abrirá os seus horizontes. Então, respirarão a Luz e dançarão com a vida.
Serão viajantes espirituais luminosos portando corpos extrafísicos diamantinos, semelhantes aos portais que levam aos rumos da paz imperecível.
Concluindo esses escritos, conclamamos aos leitores que ponderem lucidamente sobre o que aqui está exposto. Que aproveitem o que lhes parecer favorável ao seu progresso consciencial e que seja digno dos melhores valores do discernimento real.
Se algo lhes parecer incorreto ao escrutínio do bom senso, que respirem a Luz e deixam-na evidenciar o que seja correto e de acordo com os parâmetros superiores de manifestação.
Quem quer mais luz, que seja Luz! Quem quer respostas, que respire  a Luz! Quem quer viajar espiritualmente, dance com a Luz! Quem quer curar a "dor de cabeça" e derrubar os muros cármicos, que liquide seus propósitos obscuros e entre na Luz!
Agradecemos ao Alto pela oportunidade de mais um intercurso de esclarecimento espiritual e também aos leitores pela atenção e paciência.
Mensagem de Ramatís.

Wagner Borges é pesquisador espiritualista. Coordena o Instituto de Pesquisas
Projeciológicas e Bioenergéticas - IPPB - em São Paulo,onde ministra diversos cursos.

domingo, 5 de maio de 2013

Formas - Pensamento, Larvas Astrais E Ovoides

Especial / Por Maísa Intelisano

Entenda o que são e como podem gerar problemas físicos, graves ou não, além de perturbações espirituais que, se não combatidas a tempo, podem se transformar em sérios distúrbios psíquicos

Para começar, vamos separar algumas coisas. Larvas astrais, vibriões psíquicos e aparelhos astrais são todos formas-pensamento. Já ovoides não são formas-pensamento, mas consciências que tomaram a forma de ovoide, por motivos que vamos explicar num outro tópico. Qual a diferença e por que fazer essa diferenciação? Porque explicando formas-pensamento já teremos facilitado bastante as coisas e já teremos andando metade do caminho.
Formas-pensamento são criações mentais modeladas em matéria fluidica ou matéria astral. Podem ser criadas por encarnados e desencarnados, com características boas ou ruins, positivas ou negativas. Como o próprio nome diz, são resultados da ação da mente sobre as energias mais sutis que estão à nossa volta, criando formas correspondentes ao pensamento externado.
As energias que nos rodeiam são altamente plásticas e sensíveis à ação das ondas mentais.Quando pensamos, as vibrações que emitimos atuam sobre estas energias, condensando ou dispersando-as, dando-lhes formas, cores e brilhos que correspondem à natureza e à essência do que pensamos. Se o pensamento é passageiro, muitas vezes nem chega a criar nada, ou, se cria, a forma não se mantém, pois não é realimentada. Se, no entanto, o pensamento é persistente, revivido continuamente por imagens mentais, a forma criada se estabelece, ficando cada vez mais forte.
Quando se trata de forma-pensamento positiva, sadia, elevada, ela se alimenta dos pensamentos e sentimentos positivos do seu criador, ao mesmo tempo em que o abastecerá de bons fluidos agregados, por sintonia, de outras mentes e formas-pensamento de mesmo teor. Se, no entanto, se tratar de uma forma-pensamento negativa, densa, doentia, ela também se alimentará dos pensamentos do seu criador, levando-o a intensificar, cada vez mais, a mesma ideia e projetando sobre ele todos os fluidos com que tenha sintonia, até que o emissor não consiga mais se desvencilhar de sua própria criação. Sua mente passa, então, a ser preenchida apenas por aquela ideia, num ciclo vicioso.
É assim que muitos processos de obsessão começam, com formas-pensamento criadas e mantidas pela própria pessoa, já que muitos obsessores se aproveitam dessas criações, manipulando-as para assustar, atormentar e drenar as energias das pessoas que são os seus alvos.
É importante observar também que formas-pensamento podem ser "incorporadas" por médiuns, como se fossem espíritos. A diferença é que, como não são consciências e não têm mente, ou seja, não são individualidades, não são capazes de se comunicar de forma lógica, mas podem ser acopladas aos médiuns, à sua aura e ao seu perispírito, para drenagem de energias e consequente desintegração da forma, desligando-a de outras consciências encarnadas e desencarnadas.
Estas são muitas das manifestações que acontecem nos grupos de desobsessão em que não há diálogo, mas se nota um enfraquecimento gradativo do fenômeno, como se a "entidade" estivesse, literalmente, derretendo, desmanchando-se, para logo deixar o corpo do médium.
Para entender melhor o assunto formas-pensamento, leia o livro Formas de Pensamento, de Annie Besant e Charles W. Leadbeater.

Larvas astrais e vibriões
Segundo o dicionário Houaiss, vibrião é a designação comum às bactérias móveis em forma de bastonetes. E larva vem do latim "larvae", que significa máscara, boneco, espantalho, demônio, espectro que se apodera  das pessoas. Entre os antigos romanos, a palavra larva designava o espectro ou fantasma de pessoa que teve morte violenta ou de criminoso, que se supunha vagar entre os vivos para atormentá-los.
Já em zoologia, passou a designar o estágio imaturo, pós-embrionário, de um animal, quando este difere sensivelmente do adulto, como os insetos, por exemplo, porque, neste estágio,o animal estaria "mascarado", disfarçado. Como vemos, portanto, também chamadas vibriões astrais, larvas espirituais, larvas fluidicas, larvas energéticas, vermes astrais, vibriões mentais, bacilos psíquicos, larvas psíquicas, etc.

Criações mentais
Como vemos, portanto, larvas astrais ou vibriões psíquicos são formas-pensamento semelhantes a micróbios físicos, criados pela viciação mental e/ou emocional da consciência, em atitudes, pensamentos e sentimentos desequilibrados. Vejamos algumas descrições de André Luiz no capítulo 3 do livro Missionários da Luz, ao examinar, mais de perto, alguns candidatos ao desenvolvimento mediúnico:
" Fiquei estupefato. As glândulas geradoras emitiam fraquíssima luminosidade, que parecia abafada por aluviões de corpúsculos negros, a se caracterizarem por espantosa mobilidade. Começavam a movimentação sob a bexiga urinária e vibraram ao longo de todo o cordão espermático, formando colônias compactas nas vesículas seminais, na próstata, nas massas moncosas uretrais, invadiam os canais seminíferos e lutavam com as células sexuais, aniquilando-as. As mais vigorosas daquelas feras microscópicas situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da vida orgânica. Estava assombrado... Seriam expressões mal conhecidas da sífilis?
Ao que o instrutor Alexandre responde:
-Não, André. Não temos sob os olhos o espiroqueta de schaudinn, nem qualquer nova forma suscetível de análise material por bacteriologistas humanos. São bacilos psíquicos da tortura sexual, produzidos pela sede febril de prazeres inferiores. O dicionário médico do mundo não os conhece e, na ausência de terminologia adequada aos seus conhecimentos, chamemos-lhes larvas, simplesmente.
Têm sido cultivados por este companheiro, não só pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, senão também pelo contato com entidades grosseiras, que se afinam com as predileções dele, entidades que o visitam com frequência, à maneira de imperceptíveis vampiros."
Observando outro candidato habituado a ingerir álcool em excesso, André Luiz nos dá a seguinte descrição:
"Espantava-me o fígado enorme. Pequeninas figuras horripilantes postavam-se, vorazes, ao longo da veia porta, lutando desesperadamente com os elementos sanguíneos mais novos. Toda a estrutura do órgão se mantinha alterada."

Distúrbios alimentares
Ainda no mesmo capítulo, ele examina também uma mulher com distúrbios alimentares e diz: "Em grande zona do ventre superlotado de alimentação, viam-se muitos parasitas conhecido, mas, além deles, divisava outros corpúsculos semelhantes a lesmas voracíssimas, que se agrupavam em grandes colônias, desde os músculos e as fibras do estômago até a válvula ileocecal. Semelhante parasita atacava os sucos nutritivos, com assombroso potencial de destruição."
Para entender como surgem as larvas astrais, vamos continuar com o que diz o instrutor Alexandre a André Luiz, no capítulo 4 do livro Missionários da Luz:
"Você não ignora que, no círculo das enfermidades terrestres, cada espécie de micróbio tem o seu ambiente preferido... Acredita você que semelhantes formações microscópicas se circunscrevem à carne transitória? Não sabe que o macrocosmo está repleto de surpresas em suas formas variadas? no campo infinitesimal, as revelações obedecem à mesma ordem surpreendente. André, meu amigo, as doenças psíquicas são muito mais deploráveis. A patogênese da alma está dividida em quadros dolorosos. A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo e as viciações de vários matizes formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça. A organização fisiológica, segundo conhecemos no campo das cogitações terrestres, não vai além do vaso de barro, dentro do molde preexistente do corpo espiritual. Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletirá imediatamente."
Ainda no mesmo capítulo, Alexandre continua: "Primeiramente a semeadura, depois a colheita... Não tenha dúvida. Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões. E, em virtude de cada espírito representar um universo por si, cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lança em circulação na correntes da vida. A cólera, a desesperação o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma. E,qual acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleça ambiente propício, entre companheiros do mesmo nível. (...) Cada viciação particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de vigilância e defesa."
Como vemos, as larvas astrais surgem dos excessos e desequilíbrios físicos,emocionais e espirituais de toda sorte, pela repetição contínua de uma mesma conduta, física e/ou mental, o que causa o acúmulo de energias mais densas em determinadas regiões do organismo, as quais se organizam na forma de colônias de micro-organismos astrais.
As consequências são as mais variadas, podendo ir desde problemas físicos, graves ou não, até perturbações espirituais, que, se não combatidas a tempo, podem se transformar em sérios distúrbios psíquicos, acarretando sérias complicações para o encarnado, nesta vida e nas próximas. Larvas astrais são bastante "aderentes" e se multiplicam com muita facilidade, bastando, para isso, que ofereçamos a elas as mínimas condições mentais e energéticas.
Dependendo da extensão do problema, serão necessárias muitas aplicações energéticas para limpeza, desinfecção e rearmonização da região afetada, o que pode exigir a atuação de vários aplicadores, em várias sessões, para que estas colônias sejam enfraquecidas e não possam mais se expandir, vindo a desaparecer. Mas, como em qualquer tratamento físico, a colaboração do "paciente"é imprescindível, uma vez que estas larvas são criadas e alimentadas pelas energias geradas pelos seus próprios pensamentos e  sentimentos. Assim, além das aplicações energéticas, é necessário que se oriente e conscientize a pessoa sobre como e por que mudar os seus hábitos mentais e as atitudes, garantindo que ela mesma não mais oferecerá condições para que estas larvas se instalem e se espalhem.
Se larvas astrais são criações mentais, geradas a partir de pensamentos e sentimentos desequilibrados, a prevenção se faz, também aqui, pelo equilíbrio e o controle do que pensamos e sentimos. Não há outro meio. Como já dito muitas vezes, sintonia é a "alma" do universo. Tudo funciona segundo as suas leis e só viveremos com aquilo que nós mesmos criarmos ou atrairmos a partir do que geramos dentro de nós.

Ovoides
Parasitas ovoides são, como diz o Dr. Ricardo Di Bernardi, "Espíritos humanos que, pela manutenção de uma ideia fixa e doentia monoideísmo, acabam estabelecendo uma vibração de baixa frequência e comprimento de onda logo que, com o passar do tempo, produz uma deformação progressiva no seu corpo espiritual."
Ovoides são, portanto, espíritos em estado de perturbação tão profundo que perderam a consciência de sua natureza humana, perdendo também a forma humana de seu perispírito.
Portanto, não perdem o perispírito, não se manifestam apenas em corpo mental, mas estão com o perispírito corpo astral ou psicossoma tão deformado que este não tem mais forma humana, apenas uma forma ovalada.
Di Bernardi diz ainda que "trata-se de um monoideísmo auto-hipnotizante. Ele vibra de forma contínua e constante, de maneira desequilibrada, gerando uma energia que gira sempre de maneira igual e repetida pelo mesmo pensamento desequilibrado. Ao vibrar repetidamente na mesma frequência e em desequilíbrio com a Lei Cósmica Universal, gera este circulo arredondado que o vai deformando e tornando-o ovoide."
Assim, a insistência do espírito em, por auto-hipnose, reviver pensamentos e sentimentos negativos, geralmente de apego, remorso e vingança, faz com que perca a noção de tempo e espaço, fazendo com que se deforme, aos poucos, atrofiando, por falta de função, os órgãos do psicossoma, assumindo a forma do ciclo vicioso em que vive mentalmente.
Quando uma pessoa entra em estado vegetativo com o seu corpo físico, não tem mais a capacidade de se manifestar com ele, mas não o perde, o corpo continua vivo, embora inerte.
No caso do ovoide e do psicossoma é a mesma coisa. Por isso, não podemos falar em segunda morte, como querem alguns, assim como o estado vegetativo do corpo físico ainda não é  a primeira morte, embora possa estar em vias de ser.
Ou seja, o perispírito entra numa espécie de estado vegetativo, mas não se desintegra ou desaparece. O ovoide não o perde. É justamente o perispírito, aliás, que fica ovalado.

Parasitas
Quando esses ovoides se ligam a uma consciência, encarnada ou desencarnada, em especial, fica caracterizado, então, o processo obsessivo por parasita ovoide.
Neste caso, a massa fluidica em que se transformou o perispírito do desencarnado envolve, sutilmente, o seu alvo e, depois, liga-se ou cola-se ao seu corpo, físico ou astral, distorcendo-lhe ideias, pensamentos, opiniões e atitudes.
O ovoide só é incapaz de manipular energias, locomover-se e interagir conscientemente, de livre e espontânea vontade, mas pode fazê-lo no automático, pelo instinto, atraído pela sintonia. E, para isso, precisa do psicossoma, ainda que em estado precário, assim como mantemos funções básicas automáticas como respirar, urinar e defecar, mesmo em estado vegetativo do corpo físico.
O ovoide pode chegar à aura de alguém somente pela atração que essa pessoa exerce sobre ele. Nada mais é necessário como ponte. Basta a sintonia entre os dois. Como ímãs.
Além da influência psicológica, os parasitas ovoides agem também drenando energias do obsidiado, podendo levá-lo até ao desencarne, caso seja encarnado.

Uma questão de sintonia
É importante notar, no entanto, que, como em qualquer processo obsessivo, a ligação do parasita ovoide com a sua  "vítima "nunca acontece sem a anuência ou permissão da própria vítima, ainda que inconsciente, pelo hábito de cultivar pensamentos de remorso, ódio, egoísmo, desejo de vingança, apego excessivo a coisas e pessoas, etc.
Os ovoides também podem ser hipnotizados por outras consciências e não só auto-hipnotizados, infelizmente. Existem espíritos que têm profundos conhecimentos de hipnose e usam esse conhecimento para manipular a mente de outros desencarnados, transformando-os em ovoides e alojando-os na aura ou no perispírito de encarnados que querem prejudicar. Isso, infelizmente, é mais comum do que se pensa.
As citações do Dr. Di Bernardi podem ser encontradas no site www.ajornada.hpg.ig.com.br e mais sobre ovoides pode ser lido nos seguintes livros de André Luiz: Nosso Lar - capítulo 31 e Evolução em Dois Mundos - Parte I - capítulo14.
Quanto aos ovoides que alguns chamam de benéficos, creio que não poderíamos chamar de  "ovoides ", pois não são espíritos que estejam sofrendo de monoideísmo, mas, aí sim, provavelmente, espíritos num grau tal de evolução e luz que se manifestam sem o perispírito, exclusivamente com seu corpo mental, o qual não tem forma humana e se apresenta para nós, que estamos limitados pela percepção tridimensional, como bolas de luz, dando a impressão de que seriam ovoides luminosos.
Nesse caso, eles não estão confinados em um ciclo vicioso por terem se auto-hipnotizado numa única ideia. É justamente o contrário. Eles expandiram tanto os seus horizontes espirituais que prescindem da forma humana e do perispírito para se manifestarem e se apresentam apenas em seu corpo mental.

Maísa Intelisano é palestrante e instrutora de cursos teóricos e                                                                          práticos sobre espiritualidade, com mais de 30 anos
 de experiência pessoal com a mediunidade.

Definição de ovoides, segundo L.Palhano Jr.
Os ovoides são pouco conhecidos da maioria dos espíritas e, praticamente, desconhecidos entre os não-espíritas.
No Dicionário de Filosofia Espírita, de L. Palhano Júnior - Edições CELD-, encontramos a seguinte definição  de ovoide: "semelhante ao ovo; forma de ovo; Formação atípica do perispírito causada por um forte monoideísmo de espíritos que se mantêm em ideias fixas, alienando-se dos mais simples cuidados de integridade pessoal. Há um definhamento do corpo espiritual, com miniaturização. Esse fenômeno pode ocorrer também sob o domínio hipnótico de entidades experientes, não só por questões de ordem inferior, mas também para determinadas operações, como nos preparativos reencarnatórios. Essas informações são encontradas nas obras mediúnicas ditadas pelo espírito André Luiz ao médium Chico Xavier".

Fechado em si mesmo
Em Evolução em Dois Mundos, psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira, também da FEB,p.91, encontramos a seguinte explicação:
 "Sentindo-se em clima adverso ao seu modo de ser, o homem primitivo, desenfaixado do envoltório físico, recusa-se ao movimento na esfera extrafísica, submergindo-se lentamente, na atrofia da células que lhe tecem o corpo espiritual, por monoideísmo auto-hipnotizante, provocado pelo pensamento fixo-depressivo que lhe define o anseio de retorno ao abrigo fisiológico.
Nesse período, afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu o seu corpo espiritual, transubstanciando-se num corpo ovoide de, o que ocorre, aliás, a inúmeros desencarnados outros, em situação de desequilíbrio, cabendo-nos notar que essa forma, segundo a nossa maneira habitual de percepção, expressa o corpo mental da individualidade, a encarrar consigo, conforme os princípios ontogenéticos da Criação Divina, todos  os órgãos vitais de exteriorização da alma, nos círculos terrestres e espirituais, assim como o ovo, aparentemente simples, guarda hoje  a ave poderosa de amanhã, ou como a semente minúscula, que conserva nos tecidos embrionários a árvore vigorosa em que se transformará no porvir ".