segunda-feira, 30 de março de 2015

A morte de cada dia

Reforma íntima / Por Fernando Guedes de Melo

O que você precisa matar em si ainda hoje para
 que nasça o ser que você tanto deseja ser?

Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência de vida e isso é em erro. Existem outros tipos de morte e, neste sentido, precisamos morrer todos os dias!
A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação.Não existe planta sem a morte da semente; não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma; não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio! A morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro.
Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente. Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas.
Quer assumir um bom relacionamento? Então mate dentro de você o jovem inseguro ou ciumento; ou o solteiro solto que pensa poder fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém.
Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior. E qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo nossa produtividade e, por fim, prejudicando nosso sucesso.
Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. Acabam se transformando em projetos inacabados, híbridos, adultos "infantilizados". Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que não matemos as virtudes da criança interior, que também são necessárias a nós, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade, etc. Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar atitudes infantis para passarmos a agir como adultos.
Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e mais evoluído? Então, o que você precisa matar em si ainda hoje para que nasça o ser que você tanto deseja ser? Pense nisso e morra! Mas não esqueça de renascer melhor ainda!


sábado, 14 de março de 2015

O poder da prece

Independentemente da forma, ritualizada ou não, no momento da oração o fundamental é a fé e a pureza de intenções

Especial / Por Edvaldo Kulcheski. Editado por Victor Rebelo

A prece é uma manifestação da alma em busca da presença divina. Ela deve ser despida de todo e qualquer formalismo,pois é uma "conversa" com Deus ou seus prepostos.
Aos poucos, iremos descobrindo que, pela prece, conseguiremos muita coisa em nosso benefício espiritual e dos nossos semelhantes, e acionaremos com naturalidade o mecanismo de auxílio que ela nos propicia.
Por depender fundamentalmente da sinceridade e da elevação com que é feita, devemos encarar a prece como manifestação espontânea e pura da alma, e não apenas como um repetir formal de termos alinhados convencionalmente ou de fórmula mágica para afastar o sofrimento e o problema que nos atinge.
Através da prece sincera e verdadeira abrimos as "comportas" da nossa alma, emitindo potentes irradiações dos pensamentos aliadas as dos sentimentos, que são dirigidas através da nossa vontade em direção ao Alto.
As irradiações da prece alcançam os seres (encarnados ou não), formando-se entre nós e eles uma corrente. Durante o processo da prece harmonizamos nossa aura, imprimindo uma assinatura energética equilibrada à nossa volta.
Como disse, a prece é "uma conversa com Deus" ou com seus prepostos. Tudo numa conversa deve nascer espontaneamente, segundo as necessidades e finalidades da mesma, e não uma repetição de termos que, na maioria das vezes, são ininteligíveis para quem os profere.
Não há posturas nem fórmulas especiais para a oração, pois ela é uma ação espiritual. A forma de nada vale, o que prevalece é o conteúdo; a atitude é eminentemente espiritual, íntima. Atitude convencional, posição externa e ritual não são essenciais ao ato de orar. A prece não precisa ter nada de convencional, mas requer que adotemos uma postura interna adequada.

Postura íntima
Devemos orar com humildade: Temos de reconhecer nossa necessidade e estarmos receptivos. Na parábola do fariseu e do publicano (Lucas, 18, 10-14), o primeiro orava com orgulho, achando-se muito correto e melhor que os outros, enquanto que o publicano se reconhecia errado e pedia misericórdia: o fariseu continuou como estava; o publicano recebeu o amparo pedido.

Devemos orar sem ressentimentos: Não devemos estar em clima de mágoas ou desejo de vingança. "Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e se tiveres algum ressentimento contra alguém ou te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta." - (Mateus, 5, 23-24)

Devemos orar com simplicidade:Não há necessidade de ostentação, exterioridades (gestos e posições especiais). "E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, ora a teu Pai em secreto."-(Mateus, 6, 5-8).
Como resultado da oração, temos uma extensa variedade de efeitos, sempre benéficos, tais como: o exame melhor e de um ponto de vista superior do assunto que nos preocupa, permitindo vermos novos ângulos e encontrarmos solução para eles ou, ao menos, motivos de aceitação ou superação; captação de pensamentos e energias reconfortantes, fortalecedoras; e a atração de bons espíritos, que nos ajudarão de todas as maneiras possíveis, até mesmo intervindo na solução dos problemas, se as leis divinas permitirem.
Por tudo isso, o que, antes de orarmos, parecia insolúvel ou insuportável, depois de orarmos encontramos a solução ou, ao menos, se torna suportável, porque ficamos mais esclarecidos a repeito ou mais fortalecidos para enfrentar e vencer.

Orando por terceiros
Todos esses benefícios que obtemos para nós, com a prece, também podemos proporcionar a outras pessoas. Podemos orar, também, pelos desencarnados. Os espíritos, assim como os encarnados, gostam de ser lembrados nas vibrações benéficas da prece. " Os espíritos sofredores, ao serem lembrados, sentem-se menos abandonados e infelizes; as preces lhes aliviam os sofrimentos e os orientam para o arrependimento e a recuperação espiritual" - (O Céu e o Inferno, de Allan Kardec).
Mas adianta orar quando a pessoa não se ajuda? É sempre um alívio, mas devemos ajudar em pensamentos, em palavras e em ações.
Ajudar em pensamento é orar pela pessoa. Uma prece já pode trazer alívio. Também podemos mentalizar a pessoa que queremos ajudar, imaginando-a "à imagem e semelhança de Deus". Essa emissão de energia positiva através da oração vai minando as energias negativas. Com o passar dos dias, poderemos notar a diferença. Quando a pessoa tiver mais receptiva é porque esta começando a estabelecer sintonia. Em muitos casos, a própria pessoa vai pedir para ser ajudada, e aí é a hora de conversar, pois agora ela irá nos ouvir.
Ajudar em ação é estender a mão caridosa de forma incondicional. É não lhe ter ódio, nem rancor, nem desejo de vingança. É não criar qualquer obstáculo à reconciliação.

Tipos de prece
A prece, sendo uma manifestação inteligente dos sentimentos da criatura humana, pode ser catalogada em vários tipos. Assim, basicamente, há prece de pedido, de reconhecimento e de louvor.
A prece de pedido é a que a criatura faz solicitando alguma coisa. Pedir é recorrer a Deus em busca de luz, equilíbrio, forças, paciência, discernimento e coragem para lutar contra as forças do mal. Quando o pedido for de interesse próprio ou intercessório, mais do que pedir o afastamento do sofrimento, do problema ou da dor, devemos solicitar condições e forças para superá-los e com eles aprender alguma coisa. Às vezes, o remédio é o sofrimento, e só porque ele é amargo não vamos deixar de nos beneficiar com ele.
A prece de reconhecimento é feita com vistas a agradecermos às inúmeras bençãos de que somos alvos e quem nem sempre sabemos reconhecer. A vida, a saúde, a família, os amigos, o trabalho, enfim, tudo o que nos cerca e deixamos de observar e dar o devido valor porque  nos preocupamos somente com problemas materiais.
A prece de louvor é o reconhecimento e exaltação de Deus. É enaltecer os desígnios divinos sobre todas as coisas, aceitando-os. É a nossa aceitação e alegria por tudo o que nos rodeia e que está tão bem feito, tão justo, tão equilibrado.
No início das reuniões espíritas ou umbandistas se faz uma prece para que o ambiente espiritual se torne favorável e as pessoas adquiram padrão vibratório que as torne em condições de receber as energias preparadas pela espiritualidade Maior.
Para isso, temos que fazer com que o estado psicoemocional de todos os presentes se elevem e se equalizem a um nível de muito equilíbrio. Os espíritos certamente fazem a parte deles e nós, encarnados, temos um papel muito importante nesta etapa.
Os presentes mais harmonizados que tiveram um dia mais tranquilo devem dividir suas energias salutares com os presentes que estejam com suas energias debilitadas, porque tiveram um dia conturbado e desgastante. Desta forma, todos entram em sintonia com os espíritos elevados presentes para ajudar. No término das reuniões se faz uma prece com vistas a agradecer todo o auxílio espiritual recebido.


domingo, 1 de março de 2015

Retorno das Atividades da CERS

A Casa Espírita Raio de Sol dá a boas-vindas a todos que procuram na espiritualidade o apoio para a caminhada transformadora na sua jornada terrena.
O novo ciclo de atividades iniciará na próxima  terça-feira, dia 3, às 20 horas, com palestra seguida de passe energético.
Convidamos a todos para estarem presentes nesta troca de conhecimento e boas vibrações.
Que 2015 seja um grande ano de realizações a todos, sempre guiados e amparados no amor e por nossos irmãos da espiritualidade Divina e Celestial, nosso mentor Pajé e o Deus Pai.