quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Julgamentos precipitados do cotidiano

"Pois com o critério com que julgardes sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também" - (Mateus 7:2)

Quando julgamos alguém ou alguma situação de forma abrupta, incoerente e unilateral, estamos incorrendo em um grave risco para nossa evolução espiritual. Quantas vezes condenamos alguém injustamente? Quantas encarnações perdidas no ódio e no desamor por ainda não termos extirpado esta chaga que se aninha em nossos espíritos? Quem de nós, seres humanos encarnados neste planeta de expiação e provas, possui autoridade moral e ética para fazer julgamentos? Uma das maiores estrelas da constelação do Cristo, Francisco Candido Xavier, certa vez, ao ser inquirido sobre o assunto, nos deixou a seguinte frase, imortalizada por Carlos Baccelli: "Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento é não julgar, definitivamente, não julgar quem quer que seja".
Julgar, em 99% dos casos, é tirar conclusões precipitadas sem conhecer a totalidade dos fatos. É julgar as aparências.É como a definição do dicionário: supor, imaginar, conjeturar, formar opinião sobre uma pessoa ou fato, sobre algo que não temos total conhecimento e que, na maioria da vezes, não é da nossa conta.
"Apressar-se a julgar é arriscar-se a uma acusação" - Publio Siro.
Quando tomamos conhecimento de algum acontecimento, venho a informação de onde vier, seja ela boa ou má, devemos usar sempre o crivo da misericórdia em nossas tomadas de posição. Quando nos contam uma história, vemos apenas uma "parte" daquela história, contada, narrada ou escrita sob o ponto de vista de quem já a interpretou e lhe deu significado. Quando julgamos pela aparência, vemos apenas o momento presente, não conhecemos o que realmente se passou, então, não temos o direito de emitir julgamentos de qualquer ordem.
Nos ensinamentos espíritas, aprendemos que fatos terríveis, que, muitas vezes, parecem um castigo, uma injustiça aos olhos dos homens, como doenças graves ou congênitas, desencarnes em massa, flagelos destruidores e outros, ao contrário do que parecem, significam, muitas vezes, evolução e libertação para os espíritos que participam do contexto exposto.

Culpando os outros

          "Quem és tu que queres julgar, com vistas que só alcançam um palmo, coisas que estão há mil milhas de distância" - Dante Alighieri.
Certa vez, em uma cidade do interior de São Paulo, um padeiro foi ao delegado dar queixa do vendedor de queijos, que, segundo ele, estava roubando no peso. O delegado pegou um queijo que deveria pesar um quilo e constatou que ele pesava apenas 800 gramas. Feito isto, mandou prender o vendedor de queijos. Já na delegacia, ouviu a seguinte história do acusado:
" - Doutor, eu não tenho pesos de um quilo em casa, por isso, eu compro todos os dias dois pães de 500 gramas do próprio padeiro e coloco-os em um dos pratos da minha balança. Quando o fiel da balança se equilibra, sei que tenho um queijo de um quilo para vender!"
O delegado tirou a prova comprando dois pães daquele estabelecimento e, após pesá-los, constatou que o padeiro, de "acusador", havia se tornado réu na investigação.
Nós somos um pouco assim. Muitas vezes, acusamos os outros dos nossos próprios erros. Quando julgamos alguém, estamos julgando a nós mesmos, porque da maneira que medirmos nosso irmão, também seremos medidos perante o tribunal da nossa consciência.
"Quem julga as pessoas não têm tempo para amá-las"- Madre Teresa.
Geralmente, diante de uma primeira impressão, colocamos um "carimbo" nas costas do nosso semelhante. Existe até um ditado popular que nos lembra que "A primeira impressão é a que fica".Quando colocamos o dedo em riste para apontar os erros do próximo, os outros três dedos sempre apontam para nós mesmos. Não nos enganemos! Segundo a Lei divina, "cada um julga a si mesmo por seus pensamentos e atos".
Reforma íntima significa olharmos as atitudes dos outros e os acontecimentos da vida com os olhos da misericórdia e do afeto. Está na hora de tirarmos a "trave dos nossos olhos", como nos ensinou Jesus.
É tempo de olharmos os outros com amor.
Temos que procurar ver no patrão difícil, no vizinho insensato, no governante inoperante, no familiar complicado, no motorista imprevidente...pessoas que podem nos ensinar algo. Talvez eles nos apontem nossos próprios erros; talvez seja esta a oportunidade que temos de mudar para sempre as nossas vidas. Em vez de julgar, use da empatia e procure se colocar no lugar dessa pessoa. Será que não faríamos o mesmo ou pior, diante das mesmas circunstâncias? Devemos sempre lembrar que a Justiça divina transcende completamente as noções que temos da justiça humana e que a lei natural de causa e efeito, no final, irá reajustar todas as coisas, sem precisar de nossas precipitadas e falhas opiniões e respeito.
Respeitar as opções do outro e não julgar em qualquer conjuntura é fundamental e uma das maiores virtudes que podemos adquirir em nossa passagem nesta encarnação. As pessoas são diferentes , possuem histórias e aprendizados próprios, nunca julgue, apenas compreenda. Claro que não me refito, aqui ao julgamento necessário que as leis sociais preveem, perante os crimes e delitos.
Me refiro ao julgamento moral.
"Senhor, não me deixe julgar um homem sem que eu tenha andado duas luas com as suas sandálias" - Prece de um índio navajo.
Por Paulo Pio

1º Festival de Massas e 7º Encontro Fraterno da Casa Espírita Raio de Sol.


          Vem aí o 1º Festival de Massas 7º Encontro Fraterno da Casa Espírita Raio de Sol. Venha curtir uma deliciosa variedade de massas, embalada pela boa música do grupo " ESPELHO RETROVISOR ". Traga sua família, venha confraternizar com seu amigos. Teremos além de boa música, brinquedos para a diversão da criançada. Toda a arrecadação do evento será direcionada para a manutenção da CERS e construção das novas instalações, para um melhor atendimento aos irmãos necessitados.
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